Arquibancada
Imagino que Sandro Forner já tenha arrumado bons motivos para começar a promover algumas alterações para a terceira rodada, contra o União de Beltrão, partida que desta vez será fora de casa, no fim de semana, domingo às 5 da tarde. Algumas certezas já devem rondar os dias de Sandro, se é que havia alguma dúvida. Alguns atletas não reúnem nenhuma condição de vestir a camisa do Coritiba. Se a gente levar em conta que no banco temos Vitor Carvalho, esperando ser chamado, a era João Paulo precisa ser encerrada.
Pra lembrar que Julio Rusch por exemplo, não só pela assistência no gol de Kleber , mas por ter arrumado um time desorganizado, pelo menos acalmando o que parecia fora de controle nos quase 90 minutos deste Coritiba e Rio Branco. Assim que entrou, depois dos vinte minutos da segunda etapa, Rusch, faz uma estreia de profissional com a maturidade que faltou aos veteranos em campo.
Descontrole emocional e falta de qualidade de outros, são os problemas que a comissão técnica deve levar como lição desta segunda rodada. Chega a ser assustadora a qualidade do futebol de Benitez, por exemplo. Yan Sasse e Guilherme Parede, W. Mateus e também João Paulo, como disse acima. Sem dúvida, são atletas que não podem dar além do que já deram até aqui. Se havia alguma esperança, foi embora nesta segunda chance que tiveram. Simião talvez possa ser um pouco mais produtivo se tiver um companheiro de meio, mas que divida com ele as encrencas de marcar e sair pro jogo. Por isso, acredito que Vitor Carvalho seja a bola da vez. G. Parede e Yan Sasse parecem improvisados na frente, como se fossem zagueiros jogando como atacantes pra quebrar o galho, sem nenhuma intimidade com a posição. Como Jorjão em seus piores dias de centroavante num desastroso e inesquecível atletiba disputado no Pinheirão.
Se contra fatos não há argumentos, mesmo que ainda restem alguns argumentos para justificar mais uma péssima apresentação, já é hora da gente ver algo próximo ou parecido com futebol, coisa que este time ainda não mostrou.
O mínimo de organização, de equilíbrio e de qualidade de jogadores que deles se espera que façam a diferença , caso de Kleber, Alecsandro e quem sabe com um pouco de paciência, Simião. São os mais experientes do grupo e que até agora não assumiram esta função. Com exceção de Kleber que se apresenta para tentar organizar a casa, se esforçou, mas que pouco pode fazer e ainda visivelmente irritado com seus companheiros que mais atrapalham do que ajudam.
Me mantenho no limite, ainda no crédito de 5 rodadas, a Sandro e seus comandados, mas a partir de agora esperando mudanças necessárias e que precisam acontecer já na próxima rodada. Na expectativa de que a partir disso consiga ver algo bem melhor do que tivemos até agora. Não é possível que seja apenas isso que este time tem para nos dar.
Na coletiva, depois da partida, Sandro Forner deu sinais de que algo foge do alcance dele, dando a entender nas entrelinhas que alguns atletas não estão conseguindo responder ao seu comando. Não por má vontade, mas por não entenderem o que ele quer. Em menos de 10 minutos de coletiva, Sandro disse três vezes “precisamos melhorar”, mas sem que alguém lhe perguntasse o que é preciso fazer para este time de fato melhorar, jogar um futebol minimamente convincente.
Esperava um pouco mais do time nestas duas primeiras partidas. Ainda parece um time jogando sob tensão, como se tivesse nas últimas rodadas de 2017, brigando para se manter na primeira divisão.
Se o emocional já não anda bem, a coisa pode degringolar de vez com mais uma apresentação medonha destas. É hora do departamento de futebol entrar em ação. Especialmente colocar em uso as experiências de Pereira e Tcheco. O Departamento de futebol precisa se reunir e se entender para arrumar a casa. Tudo está bem longe do mínimo que se espera.
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