Arquibancada
Como jornalista vivi alguns anos a rotina do futebol paranaense. De repórter a editor de esporte em três tvs. Até que cheguei no limite de ver o que gostaria de não ter visto, porque me fez perder totalmente o interesse pela brincadeira do futebol como torcedor.
Retomei muitos anos depois, embalado pelo entusiasmo da minha família, 100% Coxa- Branca. Fui ajustando estes sentimentos e consegui fazer um misto do torcedor/jornalista. O lado torcedor foi retornando e aos poucos foi se sobressaindo. Hoje sócio, muito mais pela minha filha, enlouquecidamente torcedora.
Com este último Coritiba que nos dão para torcer, neste inesquecível 2023, retornei aos velhos tempos de conjecturas como jornalista, revivendo o filme de horror que foi fundamental para me afastar do futebol como torcedor: corpo mole, interesses escusos, desinteresses,trabalho de subterrâneo, bastidores trabalhando por trás de resultados inexplicáveis, incompetência, empresários, dinheiro, conselheiros, jornalistas e etc.
Já me peguei em casa andando de um lado para outro, conjecturando sobre tudo isso. Não me sai da cabeça um outro Coritiba que vi, mais recentemente, ainda como jornalista esportivo, ( me reservo ao direito de não dar nomes), fazendo corpo mole, porque a diretoria não quis renegociar um bicho previamente combinado para classificar o time entre os primeiros e naquela época garantia o acesso à Série A.
Até que me provem o contrário, tenho levado muito em conta o que vi naqueles tempos a comparar com este time “limitado” que temos hoje.
No começo de tudo, temos primeiro a grande possibilidade de ser um time ruim (Antonio Oliveira), depois um time fazendo corpo mole para derrubar treinador (Zago), e agora, um velado protesto contra os altos salários que devem estar recebendo Slimani, Samaris e Jesé. Me reservo ao direito de conjecturar, na busca de explicações ou respostas para os inexplicáveis revezamentos de péssimas atuações de um grupo que sabidamente pode dar mais do que fez até aqui.
Porque até agora, nada justifica os sucessivos fracassos, em todos os jogos, sempre com um ou dois personagens novos. Isso me dá argumentos para ir além de questionar a qualidade do conjunto do que temos. Ou de achar que é muita coincidência os sucessivos personagens negativos que se revezam nas rodadas, com atuações muito abaixo do próprio nível técnico. Não faltam exemplos, mas a última rodada, com dois atletas que até então não tinham atuações com comprimentos direto no resultado, entregaram o resutado ao Bahia.Todos conseguem se destacar negativamente, com atuações tão ruins alcançando o nível de não haver nem classificação para tamanha trapalhada. Ou só o nervosismo e a cobrança das arquibancadas é suficiente para desestabilizar um profissional de futebol com a experiência que suponho tem a maioria do elenco do Coritiba?
Encerrei o texto acima e publicquei pouco antes da 4 da tarde. Relendo, lembrei do caso de Alef Manga, com a máfia das apostas. Sobre isso, fica um grande alerta e que se explica no contexto dos resultados difíceis de justificar. Quando alguém acerta um resultado no futebol, temos duas explicações. Sorte regada com um pouco de conhecimento, ou acerto prévio com alguém diretamente envolvido. Curiosamente o futebol e sua periferia, há anos é cercado de muito dinheiro. Temos neste último parágrafo a resposta para as perguntas que por ventura você pode ter feito acima
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