Arquibancada
Sem indicação nenhuma se será por morte súbita ou ainda com sobrevida por algumas rodadas. Por mais que a gente tenha usado esta e outras expressões parecidas – que se aproximam do pior que cerca o Coritiba, para tentar definir nosso futuro, o momento agora já é de desespero. Pelo menos para quem ainda nutre algum sentimento por futebol e pelo Coritiba, por quem ainda guarda uma história que até bem pouco tempo foi contada com muito orgulho.
Mas este grupo, agora frustrado, é maioria absoluta e cresce a cada dia. Porque não há mais para onde correr e o que fazer. A esperança se foi.
A saída do treinador vai representar a troca de um gordinho por um magrinho -algo assim -, a não ser que um abnegado se disponha, por piedade, ajudar o Coritiba. Porque sem dinheiro para trazer coisa melhor e nem disposição dos melhores em vir trabalhar no Coritiba, ficaremos com os mesmos nomes de sempre, os que rondam o futebol brasileiro, com pequenas diferenças entre um e outro.
O que restava da história construída em anos, foi destruída pelas últimas administrações e enterrada por Samir Namur, e com isso o Coritiba não é mais vitrine para ninguém, nem para atleta e nem para treinador.
Mesmo assim, de comum acordo, mas só entre torcedores, é sabido que Barroca não só já podia ir embora, como teria sido bem melhor se nem tivesse vindo, e que Jorginho podia ter sido mantido no cargo.
Neste momento, com alguém mais criterioso e com mais experiência, com este mesmo time, talvez seja possível melhorar um pouco, pelo menos dar uma cara tática ao que agora é um amontoado. Jogadores distribuídos sem muito critério em setores e que às vezes ridiculamente até batem cabeça.
No jogo de ontem contra o Bahia, Barroca gritava na linha da área técnica, mas seus desejos mais pareciam gritos de desespero de quem não sabe mais o que fazer. Não tem comando e nem comandados. Não se entendem ou não sabem mesmo interpretar o que o treinador pede.
Não há milagre que resolva a vida de Barroca no Coxa, porque para acontecer o milagre precisa haver motivação, o que não há nem no time do Coritiba, nem no treinador e muito menos em seus dirigentes.
Ao torcedor cabe mais uma vez fazer as contas para chegar aos pontos que serão necessários para fugir do rebaixamento. Lembrando que ainda vivemos a segunda rodada de um campeonato de um nível técnico bem abaixo de anos anteriores. Em outras temporadas até vivemos situações bem piores, mas havia elenco, treinador e a gente sabia que o acerto era só uma questão de tempo.
Ainda virão Flamengo no sábado, depois Corinthians, Bragantino e assim seguirá o calendário programado pela CBF, que como o Coxa, também anda jogando um futebol de péssima qualidade, liberando atleta com COVID-19 para jogar a rodada.
Uma intervenção da vigilância sanitária é pedida pela Associação dos Atletas Profissionais de São Paulo, o que seria a salvação não só para a vida de atletas de todos os clubes, mas especialmente ao Coritiba. Terminar o ano por aqui seria um grande negócio ao Coritiba de Samir Namur.
Porque só depois dessa gestão podemos voltar a pelo menos sonhar em ter nosso clube de volta. Mesmo deste jeito, nestas condições, mas acreditando que finalmente o milagre pode ser operado, porque acredito que com trabalho sério, ele virá e gradativamente sairemos desta situação.
Seja lá quem for o sucessor de Namur, vai precisar de muito trabalho para reconstruir o clube.
Esta é a minha expectativa ... que alimenta minha condição de torcedor.
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