Arquibancada
Há 100 anos, ninguém ousaria dizer que hoje o atletiba seria disputado no nível que foi. Também não sei tecnicamente como foi o primeiro. Por isso, não farei este caminho histórico para criticar e expor minha decepção com o resultado TÉCNICO deste clássico de domingo, disputado no Couto Pereira.
Esperava mais, muito mais dos dois. Do lado Coxa, é possível levar em conta um grupo abalado emocionalmente com a morte de Chávare. Do lado atleticano, não. Até seu treinador se disse assustado com o que viu.
Tenho lido as mais diversas opiniões sobre o clássico. Vão desde o resultado, passam pela qualidade técnica dos dois grupos e pelas análises individuais. Chama atenção os que gostaram do resultado, sem reparos e não poupam críticas a quem não gostou, meu caso.
Esta diversidade me dá a certeza da porta que se abriu no futebol, das suas várias opções de análises: das passionais e as exigentes com o mínimo de qualidade.
Saí do Couto assustado com o que vi.
Cheguei a comentar com minha filha: “ parece que estou vendo o time do ano passado em uma noite de nenhuma inspiração, com exceção a Figueiredo e Morisco.
Mas pra não sair do Couto sem algo diferente pra dizer, me rendi à Robson. Não pela qualidade do seu futebol, mas por tudo que a maioria já admite: raça, voluntariedade e pela forma como consegue ocupar todos os espaços em campo. Seguramente ninguém alcança as marcas de Robson em campo, jogando pelo Coritiba, ultimamente. Vive o melhor momento de sua carreira.
Acho que Robson caminha para ser colocado na galeria dos ídolos especiais, ou pelo menos de jogadores que vestiram a camisa Coxa de forma diferente, como foi Geraldo, Kazu, Cleber Arado, Manga (goleiro), Nico, Basílio, Miltinho … gente que fez história entre ser craque ou mediano, ou folclórico. Pra não falar dos históricos incontestáveis, na ponta da língua de todo torcedor.
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