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Arquibancada
No lugar da capelinha montada no vestiário, agora podemos propor um confessionário. Se já tivesse instalado, no domingo teria sido usado por João Paulo e ontem por Luccas Claro. E assim, na falta de atenção de dois ou três jogadores, parece que vamos fazer deste confessionário, um espaço bastante frequentado até o fim do ano.
Os erros, consequência da pura falta de atenção e concentração, ainda rondam as cabeças ocupadas de nossos atletas. Os grotescos erros de João Paulo no gol de domingo contra o Santos e o de Luccas Claro, contra o Vitória, não são perdoáveis. Os dois já abusaram do direito de errar. Não se exige nada além de seriedade e concentração, pelo menos durante os 90 e poucos minutos de uma partida de futebol.
Os mesmos erros que já custaram caro e ainda pagamos um preço bem alto por eles, com perda de pontos e até eliminação ou até com consequências maiores, que apenas por sorte ainda não aconteceram, como um rebaixamento, por exemplo.
Troco a atitude humilde de reconhecimento dos dois, de reconhecerem seus erros, pela atenção que precisam ter. Se estão com dificuldade em manter concentração durante os jogos, pois que procurem uma psicólogo para que estes erros sejam pelo menos minimizados nas próximas partidas.
Luccas Claro parece ter esquecido seu período de banco em temporada anterior, que foi provocada justamente por erros iguais aos que volta a cometer. Para mim, apenas e somente por pura falta de atenção, concentração e seriedade no trabalho que lhe compete como xerife da zaga.
João Paulo já é um problema crônico. Ganhou antipatia de quase a totalidade da torcida por conta de sucessivos erros há muito tempo. No domingo teve atitude que deve à torcida há mais tempo, pedindo perdão por um erro, no gol bizarro que deu ao Santos, mas tem um histórico de culpas em muitos outros jogos. Só foi perdoado porque venceu. Seus companheiros deram sangue e livraram sua culpa que acabou ficando menor.
A questão é uma só: com um time ainda tentando se achar durante um campeonato bem complicado, com muitas limitações e grandes dificuldades, erros como o de Luccas Claro e o pênalti infantil dado ao Vitória, não podem ser permitidos e tolerados.
Concentração, foco e principalmente respeito ao torcedor e ao Coritiba, precisam ser incorporados ao cronograma de trabalho desta turma.
Do contrario, nem confessionário os livra do fogo do inferno,já aceso pela torcida, a espera somente do caldeirão para fazer uma sopa de cada um destes infelizes, nestes sucessivos erros que andam nos custando muito caro.
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17 Ver todos os comentáriosSou jornalista há mais de 30 anos. A profissão e a condição de torcedor, me fizeram aprender a policiar posições quando escrevo para tv ou rádio. Isso me desenvolveu muito o lado crítico. Costumo dizer que futebol é uma coisa e esporte é outra, bem diferente. Basicamente porque o futebol se transformou num produto da mídia e envolve muito dinheiro. O esporte amador, não. Sem dinheiro ele apenas sobrevive. É o caminho que o vôlei começou a tomar, por exemplo, mas ainda passa longe de ser o sucesso que é o futebol. Gosto de escrever sobre os dois: esporte e futebol. Jornalismo é minha profissão, o Coritiba minha paixão. Será um prazer estar aqui com vocês falando sobre tudo isso.
O Coritiba está na minha alma, muito mais até que no coração. Aprendi a gostar de futebol assim, de alma e também de coração. Sou do tempo do Belfort Duarte, hoje Couto Pereira. Isso foi no início dos anos 60. De lá nunca mais saí. Na década de 70, o Coritiba me conquista definitivamente, quando montou times inesquecíveis, várias vezes campeão. Período que passei a frequentar programas de rádio para tentar ficar o mais próximo que podia do futebol. Foi a época de Dirceu Graeser, no famoso"Viva o Futebol", na Rádio Clube, depois Rádio Cruzeiro. Foi o meu começo nos meios de comunicação. Vivo do jornalismo há mais de 30 anos, dedicados ao Rádio e principalmente televisão. Hoje sou muito mais da arquibancada. Sou mais torcedor e menos jornalista, principalmente quando o assunto é Coritiba.
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