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Arquibancada
Parecia pegadinha, mas não era. Parecia brincadeira, mas também não era. Era a surpresa da semana que ainda não tinha vindo. Desta vez de causar espanto. Desta vez se superaram. O tamanho do estrago que fizeram, provavelmente ainda não conseguem dimensionar, mas terá consequências muito grandes, acredito até que devastadoras ao clube, infelizmente.
A primeira delas será sentida no quadro associativo, com uma queda brutal no número de sócios. Para os próximos dias isso deve se acentuar ainda mais. Sei de legiões de torcedores que rumam ao Alto da Glória para cancelar seus planos de sócio. Outro grande sinal será sentido nesta partida contra o Inter, na quinta-feira. O número de torcedores, que já não era grande nas últimas partidas, será ainda menor.
Não consigo dimensionar exatamente o tamanho do estrago que esta sequência de patetadas tratará ao Coritiba.
Não é necessário repetir e cansar vocês com o que colegas de COXAnautas já repetem desde ontem. Também não gostaria de perder mais tempo com críticas, as mesmas de sempre aos atuais dirigentes. Pensei durante quase 24 horas sobre os últimos acontecimentos e não vejo mais o que possa ser feito e dito aqui, além de tudo que todos aqui expuseram.
Entendo que resta apenas pedir a atual diretoria que se demita. Que o presidente Rogério Bacellar e seu vice, Gilberto Griebeler - os dois que restaram da chapa eleita - que também se retirem, se é que querem mesmo ajudar e desejam o melhor ao Coritiba.
Senhores, com toda a educação que ainda consigo ter neste momento, posso lhes garantir que o melhor que podem fazer, se é que querem mesmo ajudar o Coritiba, é que saiam. Mesmo que isso custe uma reviravolta e criei ainda mais confusão interna. Mesmo que isso nos custe o rebaixamento já eminente para a série B. O que os senhores estão fazendo é muito pior que isso. Estão expondo o nome, a instituição Coritiba Foot Ball Club, ao ridículo.
Chega senhores, por favor, chega! Vocês passaram da conta. Saiam com pedido de renúncia. Assim, ainda terão a favor a comoção, serão compreendidos e terão a nossa compreensão com este gesto digno de humildade, de reconhecimento de que não foram capazes de nos dar o que imaginamos o que poderiam dar, quando a maioria os colocou no comando do nosso glorioso Coritiba.
Não tenho procuração da torcida, nem me julgo representante dela. Mas certamente falo em nome de uma grande parcela da nação Coxa-Branca que quer o mesmo, a saída imediata dos senhores do comando do Coritiba. Todas as manifestações que leio nas últimas semanas e com quem converso, pedem a sua saída, presidente Rogério Bacellar.
Há meses este espaço não fala mais de futebol, embora seja exclusivo para isso.
Para que este sofrimento, nosso e o de vocês, não se prolongue mais, é o melhor que temos para o momento. Antes que o pior aconteça. Temo pela sua integridade. Sua e dos senhores vices, a partir dos fatos que podem desencadear a partir de fatos novos que vocês geram todas as semanas.
Os problemas chegaram no limite, meu caro presidente. Sua saída é uma questão de tempo. Seja agora com sua renúncia ou nas eleições, quando já não houver mais clube para torcer. Pelo menos é o que possível supor, tamanha a sucessão de fatos negativos que temos quase que diariamente.
Lembre-se, estamos falando de futebol, paixão, e toda esta relação está no limite, com fatos negativos quase todos os dias. E agora com grandes consequências, nos expondo ao ridículo com apresentação petética de atletas que nem cabe definição aqui. Só sei que na verdade nem cabem mesmo dentro da nossa gloriosa e respeitada camisa.
Além deles, mesmo os que se apresentaram como dignos para vesti-la, também não corresponderam, todos sabiam, menos vocês. Aliás, vocês também não corresponderam. E é por isso que pedimos que saiam. Assim como funcionário de uma empresa que não rendeu o que esperava seu patrão.
Não estou aqui movido por impulso. Não estou enraivecido, pedindo sua cabeça. Quero apenas a sua saída e a de seus companheiros de conselho administrativo. Eu e a maioria da torcida.
Por favor, senhor Rogério Bacellar. Coloque acima da vaidade, o que ainda lhe resta de amor a este clube.
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66 Ver todos os comentáriosSou jornalista há mais de 30 anos. A profissão e a condição de torcedor, me fizeram aprender a policiar posições quando escrevo para tv ou rádio. Isso me desenvolveu muito o lado crítico. Costumo dizer que futebol é uma coisa e esporte é outra, bem diferente. Basicamente porque o futebol se transformou num produto da mídia e envolve muito dinheiro. O esporte amador, não. Sem dinheiro ele apenas sobrevive. É o caminho que o vôlei começou a tomar, por exemplo, mas ainda passa longe de ser o sucesso que é o futebol. Gosto de escrever sobre os dois: esporte e futebol. Jornalismo é minha profissão, o Coritiba minha paixão. Será um prazer estar aqui com vocês falando sobre tudo isso.
O Coritiba está na minha alma, muito mais até que no coração. Aprendi a gostar de futebol assim, de alma e também de coração. Sou do tempo do Belfort Duarte, hoje Couto Pereira. Isso foi no início dos anos 60. De lá nunca mais saí. Na década de 70, o Coritiba me conquista definitivamente, quando montou times inesquecíveis, várias vezes campeão. Período que passei a frequentar programas de rádio para tentar ficar o mais próximo que podia do futebol. Foi a época de Dirceu Graeser, no famoso"Viva o Futebol", na Rádio Clube, depois Rádio Cruzeiro. Foi o meu começo nos meios de comunicação. Vivo do jornalismo há mais de 30 anos, dedicados ao Rádio e principalmente televisão. Hoje sou muito mais da arquibancada. Sou mais torcedor e menos jornalista, principalmente quando o assunto é Coritiba.
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Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)
