Arquibancada
Pronto! A minha intuição veio até aqui me mostrando o que parecia óbvio. Chegamos ao fundo do poço. Estamos com a porta da crise escancarada à nossa frente, e agora precisa sair dela quem a criou. Sair será mais difícil do que foi entrar.
Neste primeiro momento, como primeira medida, quem sabe se na próxima partida, a gente não deveria jogar com mais um na linha, sem goleiro, quem sabe. Podemos testar Bruno ou Vaná com a 10 – o que acham? Um 5 – 5 -1? Se não temos goleiro, então vamos assumir esta condição, para suprir outra deficiência que é a falta do 10. Para aí, deficiência? Não temos é time, isso sim! Não temos o 1, não temos o 10, não temos 4, não temos o 7, não temos o 11... não temos time.
E não é que no meio de todo este descontentamento, ainda encontro gente que acha que tudo está bem? De forma até veemente, alguns até me rotulam como tumultuador, até de anti-Coxa fui chamado. Cuidado, com o que diz sobre quem não concorda com você. Mas isso tudo ainda é pequeno diante do quadro que temos pela frente.
Mesmo tentando ser o cara mais imparcial do mundo, tentando me isentar de tudo, me despir de toda paixão e amor pelo clube, não consigo enxergar um futuro animador.
Deste jeito, não vejo nada muito animador. É como pegar os 7x1 da Alemanha e dizer que nas derrotas estão as grandes lições, e no dia seguinte passar uma borracha em tudo e recomeçar. O problema é que os últimos insucessos não parecem ter causado o efeito de reflexão nesta gente. Os insucessos - que não são poucos - parecem não ter deixado nenhuma lição. Afinal, chagamos à quarta derrota seguida e os erros continuam sendo repetidos.
Há dias prego o que acabou acontecendo. A virada do Coritiba precisa acontecer muito além das quatro linhas. A vida do Clube deve ser pensada de outra forma. Precisamos montar elenco, não time. Dirigentes devem parar e rever todo o caminho feito até aqui, e no mínimo refazer todo o planejamento. Vai dar trabalho, mas é o que precisa ser feito.
Mais do que a crise que foi se anunciando aos poucos, se acomodando e se instalando, temos primeiro a teimosia e a incompetência administrativa para resolver primeiro.
O momento é para consultório psiquiátrico. Com doses cavalares de Valium, para fazer esta turma sossegar, dormir e conseguir descansar, para retomar o trabalho dos dias que virão e que não serão fáceis. Com teimosia e incompetência, vão transformar o que já está difícil, em pesadelo ou filme de terror.
A autoridade de presidente de Rogério Bacellar, precisa ser evocada e ele dizer a que veio. Bacellar precisa bater no peito e chamar a responsabilidade para si, mesmo com a experiência administrativa no futebol, que sabemos não ter. Parece que não resta alternativa, a não ser remontar a equipe de trabalho.
Coragem, meu caro presidente. O senhor deve ser o primeiro a ficar de pé. É do senhor que espero a virada de jogo. Aliás, é só o que nos resta. Do contrário...
Se me permite, o Coritiba precisa perder esta cara que adquiriu, de Ernesto Pedroso, que mais uma vez sucumbiu. É preciso administrar o Coritiba pensando no futuro, ousar, pensar grande e modernamente.
Antes que seja abandonado e fique sozinho, como fizeram com os outros, o senhor precisa tomar as rédeas da situação, antes que seja tarde. Tarde já é, mas ainda possível de reverter.
O Coritiba virou terra de ninguém e de todos ao mesmo tempo, onde a fogueira das vaidades queima o pouco que ainda resta de uma história de amor, de uma torcida que sempre bateu no peito, orgulhosa de ser a maior, do melhor do Paraná. Isso está se perdendo também meu caro presidente.
Do “Coritiba Gigante”, da família Cornelsen, sobrou isso. Um amontoado de almofadinhas, preocupados com a exposição na mídia, dos louros de nenhuma vitória nestes poucos meses de vida da sua administração, Dr Rogério Bacellar.
Pobre Coritiba, pobre de nós que mais uma vez assistimos o que já havia sido dito por alguns, aqui mesmo neste site: “este Coritiba só tem o nome de Bacellar como novidade, as raposas que o cercam são as mesmas que estiveram e abandonaram Cirino, Gionedis e Vilson de Andrade. Francamente, achei que desta vez seria diferente. Não foi.
O Coritiba precisa ser recomeçado. Primeiro profissionalizado como os clubes grandes. A administração precisa ser reformatada, o departamento de futebol deve ser prioridade. Do contrário, vamos precisar de estômago para ver o pior.
A virada esta em sua mãos, Presidente. É do senhor que ainda esperamos um “Coritiba Maior”. Estamos esperando, senhor presidente.
Assim não dá mais, não!
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