Arquibancada
Não é novidade para ninguém que estou entre os pessimistas, que não acredito em acesso. Minha preocupação é com mais uma queda, a inédita queda à série C, mas também não quero me aprofundar muito nisso porque creio que neste momento é mais importante tentar sair desta choradeira, destas lamentações que batem na alma da gente, sem que não consigamos passar uma semana sem uma nova frustração nos afundando cada vez mais na depressão futebolística, clubística Coxa-Branca.
Gostaria de tentar achar um meio onde a gente pudesse ter um pouco de paz, de conforto quando falarmos do Coritiba, de sair da tensão de pré e pós - jogo com as inúmeras rodadas que nos restam neste segundo turno da série B. Porque nunca foi assim, tão pesado. Ser Coxa-Branca era sinônimo de qualquer coisa, mas nunca e nem próximo do que vivemos agora. Busco um caminho oposto a este que andam nos impondo, com este time que nos dão para torcer.
Ainda acho que lá na frente, vou me reencontrar com este Coritiba. A questão é o tempo que isso deve levar. A esta altura, já me satisfaço com pouco. É que já tenho mais de 65 anos só de Coritiba. Assim, não sei se terei muito tempo para entrar na fila de espera por um Coritiba renovado. É que os anos de limbo que prometem vir com a Treecorp, certamente não me reservam coisas boas.
Quem sabe não seja pedir muito, para ver algo melhor que isso, acompanhado de minha filha, nas arquibancadas do Couto. Que ela não seja mais uma ouvinte das minhas histórias de um Coritiba do passado. Gostaria de junto dela, conseguir comemorar alguma coisa.
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Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)