Arquibancada
Dos quatro que estão na zona do rebaixamento e os que beiram a entrada, o mais regular, o que anda jogando bola pra sair desta situação, é o Joinville. De resto, especialmente os outros dois catarinenses, Avaí e Figueirense, fazem o caminho contrário, parecendo perder folego neste apagar das luzes do primeiro turno. Já o Vasco caminha para onde imaginei que estaria o Coritiba, começando o segundo turno cada vez mais distante do pelotão de saída e da turma que beira a entrada na zona de rebaixamento.
Goiás e Joinville são os únicos com chances de sair mais rapidamente e fazem por merecer, porque jogam futebol pra isso.
Ao Joinville ainda parece faltar um pouco de sorte. Na partida contra o Grêmio, no Olímpico, não trouxe de lá um ou até três pontos, apenas por uma questão de detalhes. Aliás, detalhes que vão fazer a diferença mais na frente, quando o funil começar a apertar. Detalhes que andaram longe do Alto da Glória e que andam se manifestando ainda muito sutilmente, mas que já dão algum sinal de vida.
A sorte que faltou ao Joinville em Porto alegre, esteve com o Coritiba nesta rodada no Rio, contra o Vasco. E neste caso também faz a diferença mais adiante. Sim, porque além de ter vencido com as calças na mão, ainda teve as combinações dos resultados de Avaí e Figueirense. A sorte que determina fracassos e vitórias. Curiosamente os dois, Avaí e Figueirense, que tiveram com a mão na vitória e deixaram escapar, por conta da sorte que esteve do lado do Coritiba. Diga-se de passagem, um ingrediente indispensável no futebol. Que há tempos tinha nos abandonado. Seja bem-vinda, dona sorte!
Tirando a instabilidade do São Paulo, sobrou competência, e não sorte ao Goiás, na goleada de 0X 3 no Morumbi.
Começamos o segundo turno longe de conseguir nos aproximar de alguma projeção. Tá mais fácil fechar o grupo dos quatro de cima, do que os quatro de baixo. A cada rodada as surpresas se apresentam - muitas delas até inexplicavelmente.
O Coritiba deu um salto com estes seis pontos das duas últimas rodadas, mas nada que nos afaste de tropeços mais pela frente.
Por isso uso o termo sorte como argumento em toda esta avaliação. Sim, porque foi só por conta dela que arrancamos à fórceps esta vitória no fim de semana. Mais uma vez o desempenho do time fez parte daquele pacote de partidas que todos conhecemos e compramos quando fechamos o plano de “sócio torcedor”, mas que não nos avisaram que seria assim, tão abaixo do que queremos.
Por isso e tudo o mais, não é mais possível projetar rodadas pela frente. Sabe-se Deus o que nos espera na quarta-feira, contra o Grêmio e na abertura do returno, contra a Chapecoense. Friamente é possível garantir que tanto Grêmio e Chapecoense são times melhores que o nosso.
Ainda não temos um time confiável, mesmo com o discurso otimista de Ney Franco, que no seu papel de psicólogo-treinador, aproveita os bons resultados para erguer a moral da rapaziada.
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