Arquibancada
Nas últimas três partidas tivemos a sorte que não estávamos tendo. Os adversários só não empataram porque finalmente a sorte descobriu que existimos. E, aqui, cabe bem a frase de Jorginho, que justifica estes sustos em final de jogo, como o que nos tirou a vitória contra a Ponte Preta, por exemplo, com gol nos acréscimos. Vamos sofrer, mas vamos ganhar, e isso é o que importa, para subir ou para a manutenção na Série B. Se não fizerem o que fez a Ponte, que seja com susto, mas que venha a vitória, sem gol de empate no final.
A diferença de Jorginho para os demais treinadores que ocuparam seu lugar antes, está justamente aí, na leitura que cada um faz do elenco. De Guto a Fabio Matias, o elenco era tratado reconhecidamente como limitado. Jorginho colocou nesta sopa a palavra sofrimento, trocando por limitação que os treinadores anteriores usaram.
A exaltação à vitória, que abre a frase “vamos ganhar”, também muda o tratamento do grupo, com um treinador mais preocupado com o lado psicológico do que com o improvável aproveitamento técnico/tático proposto por todos os outros.
Um grupo arrasado psicologicamente que, com um pouco de sorte, conseguiu tirar o pé da merda. Para assumir definitivamente uma nova postura, não bastará apenas continuar com este discurso positivo, mas ainda seguir contando com a sorte e melhorar pelo menos em mais um degrau a qualidade do time, para que soframos menos e consigamos jogar com mais segurança, pelo menos com um número reduzido de sustos, sem contar muito com a sorte, como tem sido nas últimas três partidas.
A segurança que a defesa agora consegue dar, com Benevenuto jogando com mais qualidade e Thalissom assumindo a posição de titular absoluto, garantem um time mais afinado pelo menos na zaga, um problema crônico que Jorginho parece ter começado a resolver. Bruno na lateral é resultado do olho, a leitura e a experiência do treinador que achou este quase milagre dentro de casa, embora o próprio Bruno insista que sua posição de origem é a lateral, só os outros treinadores não viam ou não sabiam disso. Com um pouco mais de sorte, Natanael entrando neste espírito de ascensão, o time engrena, faltando apenas um atacante matador. Porque em algum momento a fonte do nosso novo artilheiro (Bruno), vai secar.
Resumidamente, o time vai se ajustando para fazer o feijão com arroz, com sorte e prudência, quem sabe com mais uma sequência de uma nova série de mais três ou quatro vitórias, a gente possa novamente sonhar com o acesso.
Seguimos em oração!
A opinião dos colunistas não refletem, necessariamente, a opinião do site.
Cada colunista tem sua liberdade de expressão garantida e assinou um termo de uso desse espaço.
Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)