Arquibancada
Minha curiosidade caminha lá pela semana que vem. Fico aqui num jogo de suposições, imaginando duas situações: que o Coritiba conquiste o Paranaense, Samir ganha folego para começar o Brasileiro com menos cobrança. Mal ou bem, tira uma grande pressão das costas. Mas o contrário, se perder o título e dependendo das circunstâncias, o que já não era bom pode ficar ainda pior.
Seja como for, a vida muda, as situações serão outras já na semana seguinte, com as atenções se voltando à estreia no Brasileiro contra o Sampaio Corrêa, no Maranhão. E a grande expectativa fica por conta do quase novo time que estão montando.
Novamente duas situações são possíveis: pode ser o começo da defesa do conjunto de desculpas de um time desacertado, por conta dos atletas recém-chegados e que ainda não se conhecem. Se tudo der certo, em caso de vitória ou de um bom rendimento no começo, este primeiro passo dá mais segurança e a vida segue.
Acredito que lá pela quinta ou sexta rodada poderemos ter alguma segurança nas opiniões sobre o time que nos deram para torcer. É preciso levar em conta que até lá os ajustes técnicos e táticos ainda estejam sendo fechados. Só aí, dá pra falar com mais segurança sobre o que nos espera neste Brasileiro. Mas também é preciso lembrar de um Coritiba absoluto num primeiro turmo, tanto de série A como B e que sucumbiu mais adiante.
Será um período onde estaremos entre a teimosia e a burrice. Se der tudo certo, muito que bem, sem planejamento, mas com um pouco de sorte, acertaram . Se não der, precisa haver um plano B, que recoloque as coisas no eixo. E isso me assusta porque mexe com uma questão onde parece ser impossível alcançar. Fazer Samir e seu grupo entenderem que definitivamente as coisas precisam de um novo rumo.
Só que um novo planejamento não caberá mais. Não há mais tempo para planejar. Serão improvisações que podem comprometer ainda mais o que nunca foi seguro.
Sim, apenas conjecturas, meus caros. Apenas suposição do que imagino que nos espera daqui pra frente. Uma lição aprendida nestes anos todos de torcida por um clube onde o time que entra em campo anda mostrando a cara de sua diretoria.
Aprendi junto com vocês, a contar com todas estas possibilidades, sofrendo por antecipação, porque além de não ter nenhuma segurança no que fazem, o limite com a paciência e com os erros, já passa da conta e logo não terão mais torcida frequentando as arquibancadas do Couto.
E isso não será por causa da oposição, da imprensa, dos blogs de torcida. Será por falta de humildade em reconhecer que o primeiro planejamento não funcionou.
Sei que todos os nossos dirigentes, querem o melhor ao Coritiba. Mas parece que há algo nebuloso dentro dos porões do Alto da Glória que logo as primeiras intenções ficam pelo meio do caminho e uma venda cega o que todos querem, menos quem se propõe a dar a voz de comando. Esta máxima perdura há anos e nada muda. Quem sabe um trabalho espiritual?
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