Arquibancada
Uma coisa é você cuidar da segurança do cidadão dentro de um estádio de futebol, do torcedor que está lá dentro e precisa ter assegurado o seu direito de apenas torcer sem colocar em risco sua vida, sua integridade. Direito que deve ser garantido por quem oferece o espetáculo.
Outra coisa é você fazer de conta que dá esta segurança não garantindo a vida de quem está lá dentro, com medidas paliativas, aquelas do “faz de conta”, que só mascaram um problema já crônico no futebol.
Eu, sócio, devidamente identificado, com mensalidade em dia, que quero levar minha filha de 6 anos ao estádio, não posso fazer isso, sem que apresente um documento de identidade dela. Pergunta: não bastaria a minha identidade de sócio? Ou o meu RG, ou CPF? No Coritiba não serve.
Se você vai ao jogo com qualquer torcedor convidado, pagando ingresso, é necessário apresentar um documento que identifique este convidado. Com o que até concordo, porque assim teremos todos os torcedores identificados e isso dá mesmo mais segurança aos bem intencionados. Mas quando se trata de uma criança, acredito não ser necessário tanto rigor, principalmente se está acompanhada do pai ou responsável, no meu caso como sócio devidamente identificado.
Presenciei e vivi duas situações iguais, na tarde desta sexta-feira. Uma senhora que assim como eu, também tentava comprar ingresso para sua filha para o jogo deste sábado, contra o PSTC. O que não foi possível, porque as duas crianças, minha e a dela, precisam ser identificadas com algum documento e naquele momento nenhuma das duas tinha um documento sequer.
Eu ainda voltei pra casa para voltar mais tarde, com um documento de minha filha. Horas depois voltei na bilheteria e fiz a compra, mas a senhora que estava à minha frente, não. Ela se lamentou, ponderou, alegando morar longe, sem carro, parecendo mesmo não ter outro caminho para resolver o problema, que a moça da bilheteria não se mostrou preparada para ajudar a resolver.
Me pareceu ser um problema fácil de resolver. Com um pouco de boa vontade e bom senso teria um final feliz.
É que além de dois torcedores a menos, conte também com a irritação e principalmente a frustração que a marca Coritiba pode causar numa criança por conta de um mal entendido. Naquele momento a criança não é capaz de entender porque sua mãe não pode comprar um ingresso para um programa que as duas devem ter planejado há dias. No mínimo ficou antipático para o clube. Não credito que onere muito os cofres preparar e colocar ali na frente, alguém capacitado para resolver algo tão simples.
O Coritiba já é grande suficiente para perceber que alguns casos precisam de atenção especial. E este foi um deles. Quem sabe preparar mesmo um funcionário para tratar de casos como este e outros tantos, que imagino surjam durante as semanas que antecedem as rodadas, com mais diplomacia, sem traumas, principalmente quando o assunto em questão é uma criança. O torcedor do futuro, que vai continuar contando e levando a história do Coritiba adiante.
A opinião dos colunistas não refletem, necessariamente, a opinião do site.
Cada colunista tem sua liberdade de expressão garantida e assinou um termo de uso desse espaço.
Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)