Arquibancada
Há tempos não via um jogo- treino tão prestigiado como este contra o Cascavel. Quase 7 e 500 pessoas saíram de casa para ver Coritiba e Cascavel. Numa noite de um ventinho gelado, típico Curitibano - que no Couto ganha ares de inverno . Com um pouco de exercício durante o começo da semana, não seria difícil imaginar o que teríamos pela frente. Com o placar feito fora de casa, no domingo passado, Coritiba e Cascavel não poderiam nos oferecer nada além do que vimos: claro que seria uma noite de experimentos de Marquinhos Santos.
Até me surpreendi quando vi o time titular escalado para começar o jogo. Achei que Marquinhos usaria boa parte dos reservas. Ilusão, foi só no primeiro tempo. Com as substituições feitas para o segundo tempo, Marquinhos deixou claro que testava alguns atletas e outras opções de jogo, com outra formação. Perfeito, era o que tinha que ser feito. Alguns atletas precisam mesmo ser testados, mas infelizmente ainda não foi desta vez que convenceram.
Não consigo sentir confiança em Wallysson e Caceres, especialmente em Wallyson que teve a chance de fazer o terceiro e perdeu o gol mais feito do jogo, pouco antes do fim da partida. Atacante matador não perde um lance como aquele. Pelo contrário, acho que este e mais um outro lance, um pouco antes, onde também fez um passe no mínimo estranho, Wallyson começa a receber olhares de desconfiança da torcida. Mas como era mesmo uma partida onde ninguém tinha compromisso com o sucesso, Wallysson está perdoado por mais esta, pelo menos de minha parte.
De qualquer forma, continua faltando qualidade técnica e pela primeira vez começo a me preocupar com um outro problema, além da conhecida ladainha da falta que faz o jogador de mais talento no meio. Com as substituições feitas, o time foi outro no segundo tempo, o que deixou claro que temos um time de 11, na falta de um ou mais jogadores, a reposição não será feita com a mesma qualidade. Isso é determinante para um Campeonato Brasileiro longo, como o que teremos pela frente. Treinador que olha pro banco e coça a cabeça, sem opções, terá problemas sérios pela frente. Não acredito que Thiago Galhardo nos tire este peso, mas me sentirei um pouco mais tranquilo se Berola acertar. Mesmo assim, com algumas reservas.
Esperava mais da torcida. Parece que o adversário e a situação de ambos (Coritiba e Cascavel) no Campeonato, foram o que determinaram o público abaixo do esperado. Nem mesmo a promoção de anistia aos sócios inadimplentes trouxe mais gente ao Couto. É que as informações são de muitas adesões e por conta disso imaginei ver um público passando dos 10 mil torcedores. Quem sabe estejam apostando mais na fase seguinte, quando o próximo adversário tem maior apelo, e estaremos mais próximos da fase final, um fator motivacional a mais, sem dúvida.
Ainda me incomoda ver o setor Pro-Tork vazio. O antigo retão da Mauá ganhou muito jogo empurrando o time. Hoje destoa do resto do estádio. Tá bonito, mas destoa sendo ocupado por uma meia dúzia de torcedores. Logo a diretoria terá que lhe dar um novo tratamento, assim como fez esta semana na campanha de novos sócios. A mística da Mauá não pode ser perdida assim. É preciso pensar em algo para ocupar o Pro- Tork, nem que seja pela metade. Preços mais acessíveis, quem sabe?
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