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Arquibancada
O Coritiba começa uma semana que pode decidir seu futuro no futebol e na política. À noite o Conselho se reúne e precisa decidir se quer voltar e ter dignidade e escolhe pela saída de alguns, e afasta definitivamente um problema crônico que anda perturbando a vida do clube, nestes últimos anos.
Em campo, mas na quarta-feira, finalmente o time tem a primeira grande oportunidade de deixar a zona de rebaixamento. Se vencer o Sport, tem tudo para sair da situação complicada que se meteu.
Uma semana para ser marcada em nosso calendário, que pode entrar para nossa história, pra ser contada por nossos netos ou filhos, como a semana que o Coxa recuperou o seu rumo e a torcida a sua auto estima ... voltou a sonhar grande, banindo de seus quadros nomes que só trouxeram tristeza, manchando nossa história vitoriosa, mas nada que um bom banho de Q-boa não limpe.
Até este momento, segunda-feira (31), pela manhã, o dia “D” para o conselho, dois dias antes da partida contra o Sport, que pode nos tirar da zona de rebaixamento, a grande notícia do fim de semana, antes mesmo do ponto importante que o time trouxe de Porto alegre, no empate de 0x0 com o Grêmio, foi a postura firme do Presidente Bacellar, que até aqui parecia assistir a tudo, mesmo com os rumores que rondam o Alto da Glória há meses, desde o início da crise política, quando Ricardo Guerra deixou o grupo.
Em entrevista na Rádio Banda B, e replicada em todos os meios de comunicação, inclusive aqui no COXAnautas, Rogério Bacellar finalmente se posicionou, com firmeza, fazendo o que a maioria sempre esperou que fizesse.
Parabéns, meu caro presidente. Gostei, gostamos, sou capaz de dizer que o senhor até me surpreendeu, não pela posição, mas pela postura dura que a situação merece. Da sua honra, de seu caráter, não havia dúvida. Foi por isso e para isso que o senhor foi eleito.
A bola agora está com o conselho de ética. A sua decisão será a sentença de afastamento ou confirmação do que há anos acontece no clube. Não cabe mais, medidas paliativas. Se a decisão for empurrar para debaixo do tapete mais este volume grande de sujeira, o grupo precisa se desfazer. Até porque o volume de sujeira colocada debaixo do tapete, já é muito grande. Não cabe mais esta grande porção.
Se isso acontecer caímos num outro processo. Será mais demorado, mais cansativo, e mais difícil, mas será o que nos resta fazer: repensar um novo Coritiba, mudar seu regimento interno, rever estatuto e refundar o clube.
Os deuses do futebol estão liberados por hora. Podem dar uma trégua no futebol e nos ajudar nos bastidores da política, neste momento mais importante que o futebol.
Que nossos conselheiros recebam a luz de nossos fundadores, dos primeiros Coxas, das famílias Essenfelder, Egg, Hauer, Seiler e tantas outras que deram início a esta história que já passa de 100 anos.
Que a ética esteja acima das vaidades, dos interesses do dinheiro.
Pelo Coritiba, por todos nós que amamos este clube.
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16 Ver todos os comentáriosSou jornalista há mais de 30 anos. A profissão e a condição de torcedor, me fizeram aprender a policiar posições quando escrevo para tv ou rádio. Isso me desenvolveu muito o lado crítico. Costumo dizer que futebol é uma coisa e esporte é outra, bem diferente. Basicamente porque o futebol se transformou num produto da mídia e envolve muito dinheiro. O esporte amador, não. Sem dinheiro ele apenas sobrevive. É o caminho que o vôlei começou a tomar, por exemplo, mas ainda passa longe de ser o sucesso que é o futebol. Gosto de escrever sobre os dois: esporte e futebol. Jornalismo é minha profissão, o Coritiba minha paixão. Será um prazer estar aqui com vocês falando sobre tudo isso.
O Coritiba está na minha alma, muito mais até que no coração. Aprendi a gostar de futebol assim, de alma e também de coração. Sou do tempo do Belfort Duarte, hoje Couto Pereira. Isso foi no início dos anos 60. De lá nunca mais saí. Na década de 70, o Coritiba me conquista definitivamente, quando montou times inesquecíveis, várias vezes campeão. Período que passei a frequentar programas de rádio para tentar ficar o mais próximo que podia do futebol. Foi a época de Dirceu Graeser, no famoso"Viva o Futebol", na Rádio Clube, depois Rádio Cruzeiro. Foi o meu começo nos meios de comunicação. Vivo do jornalismo há mais de 30 anos, dedicados ao Rádio e principalmente televisão. Hoje sou muito mais da arquibancada. Sou mais torcedor e menos jornalista, principalmente quando o assunto é Coritiba.
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Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)
