Arquibancada
Ficamos mesmo com o Toledo como adversário da próxima fase. A primeira lá e a segunda aqui, sem vantagem de nada. Com resultados iguais nas duas partidas, a decisão para a fase seguinte será nos pênaltis.
Com isso, começa de fato o Campeonato Paranaense. A primeira decisão é já neste domingo, no horário maluco das 11 da manhã. Alguns reclamaram, coisa que não vejo assim como um grande problema, a não ser o fato de exigir mudança na programação, mas que o departamento de futebol ajustou, com prévio planejamento durante toda a semana.
Muitos acham que o calor do horário e por ser em Toledo, seria prejudicial ao Coritiba. Não acho, até porque a esta altura, com quase um mês de outono, não temos mais o calor escaldante, aquele que atrapalha, interfere no rendimento do atleta. Com raras exceções, Toledo já não é mais uma cidade tão quente nesta época do ano.
Disse por estes dias aqui, que considerava o time do Toledo uma das boas surpresas técnicas deste campeonato. Comparo com o Operário do ano passado, guardadas algumas ressalvas e detalhes, mas é um time certinho, inteligente com um meio de campo rápido e até com certa criação. Não tem a qualidade do Operário, mas lembra.
Se não abrir o olho, o Coritiba vai ter problemas e depois ter que correr atrás do prejuízo em casa, precisando jogar pressionado, e neste caso o quadro se altera podendo repetir a tragédia do ano passado, coisa que sinceramente não espero que se repita. Imagino que tenha aprendido a lição.
Respeito ao adversário e principalmente mudar a mentalidade deve ser a palavra de ordem. Imagino ser necessário mudar o espírito para esta fase da competição. Não temos a partir de agora um campeonato, mas sim um torneio, assim como a Copa do Brasil. É eliminatório e isso exige ponderações e estudos a cada fase, a cada adversário, para cada partida. Tudo deve ser replanejado e pensado cuidadosamente.
Como o Coritiba não é um time matador, pelo contrário, ainda com muitas limitações e em fase de ajustes, pensar pequeno e trabalhar para voltar no mínimo com um empate, acho que é um grande negócio. E na segunda partida sim, matar a decisão, jogando de forma diferente tirando proveito do fato de ter a decisão em casa. Uma Copa do Brasil regional é o que temos pela frente e assim será até a final, na grande decisão, caso estejamos entre os dois finalistas.
Voltando com uma vitória de Toledo, também não garante nada, porque ainda não demostrou maturidade e não deixou a brincadeira da gangorra, o perde e ganha, alternando jogos bons e ruins, neste sobe e desce das rodadas seguidas do Coritiba no regional. Certamente uma vitória em Toledo baixa a poeira e dá tranquilidade para a segunda partida no Couto, mas mesmo assim, teremos um leão para matar a cada fim de semana, se quisermos o título.
Se os 8 times finalistas praticamente se igualam tecnicamente - como disse estes dias o próprio Kleina - embora eu não acredite nisso, a diferença para vencer este Campeonato, precisa vir do banco, do comando técnico. E uma das vantagens que o Coritiba leva é na reposição. Tem um banco mais qualificado que todos os outros, mas é preciso saber usá-lo. No momento certo, o atleta certo, no jogo certo.
Quem sabe tenha chegado a hora de Kleina mostrar que ele também pode ser a diferença, sabendo tirar proveito do material que tem.
A opinião dos colunistas não refletem, necessariamente, a opinião do site.
Cada colunista tem sua liberdade de expressão garantida e assinou um termo de uso desse espaço.
Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)