Arquibancada
A questão não passa por mais uma saída do comando técnico do Coritiba. A demissão de Argel diz muito mais que a saída de mais um treinador, cena comum no futebol brasileiro quando as coisas não andam conforme o planejamento dos dirigentes. No Coritiba a saída mais uma vez, de mais um treinador, deveria ir além, muito além, do que pode supor a situação.
Além de não ser novidade, aliás, a novidade está em terem decidido pela saída de Argel agora, e não como no ano passado, quando foram deixando pra lá e quando acordaram já era tarde e o ano se foi com Sandro Forner.
Todos sabemos, só eles ainda não perceberam que será mais uma vez a tentativa de mostrar que agora estão atentos, mas ainda longe de tomarem uma decisão de macho, que comece a resolver a situação em definitivo.
Treinador tapa-buraco não faz milagres. Não será Dado Cavalcanti, Pachequinho, Marquinhos, Sandro Forner, Argel e nem os que custam um pouco mais caro que os citados, que resolvem o problema do Coritiba.
Enquanto não arrumarem outro caminho que é meter a mão no bolso e contratar uns 4 ou 5 jogadores de qualidade, nem Tite e nem ninguém arrumará o Coxa.
Teremos eternamente esta dança de treinadores, que logo que são demitidos, fazem fila na justiça trabalhista, com ações milionárias contra o clube. E assim será com o próximo treinador, se não lhe derem autonomia, sem que seja levado em conta a primeira prioridade que deve ser a montagem de um elenco competitivo e sério, sem remendos com atletas de apostas.
O ano para o Coritiba começa pela segunda vez em 2919, ainda em fevereiro. Se tivessem superado esta mentalidade errada de contratar o mais barato, não estariam pagando caro pelas demissões que meses depois acabam na justiça trabalhista. Nem com atletas e nem treinadores.
Nem Tite, nem Renato Gaúcho, nem Wanderley Luxemburgo, nem Felipão, nem Telê Santana e nem René Simões, dão jeito neste time, que neste momento precisa de uma reforma de mentalidade diretiva, um choque de gestão, obedecendo a lógica da pirâmide de produção.
Primeiro arrumar a cabeça de quem manda, para que os mandados sejam bem escolhidos e que o retorno finalmente venha e transforme a torcida em gente feliz e satisfeita, de novo.
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