Arquibancada
Algumas manifestações sobre as eleições no Coritiba me assustam. O tema passou a ser tão importante, que tem quem escala a composição de uma chapa, mas não sabe escalar o time em campo.
Não que as eleições não sejam importantes. Aliás, tem sido a consequência do que é hoje o time em campo.
Mas para seguir a tradição, parece que mais um vez teremos grandes embates daqui pra frente. Deixamos de ser o clube de futebol para privilegiar a agremiação política.
O prazer pela disputa do poder, ainda é maior do que pelas vitórias em campo.
Já há uma grande movimentação de uma gente que ressurge. Um povo que andava quieto, mas que se excita quando ouve falar em eleição. Uma gente que só aparece de três em três anos, ou que se julga capaz de avaliar e apontar dedo na cara de candidatos, como se estivesse acima de tudo e de todos,como se o clube fosse só dele.
Por trás destas manifestações, estão seus interesses, mesmo que não apareçam ou estejam na linha de frente.
Estou falando de gente graúda, não dos palpiteiros que bradam e só conseguem barulho e tumulto no processo.
São estes grandes nomes, ainda fortes, com poder, que interferem no futuro do clube e dão o rumo - geralmente sombrio - como o que vivemos já há alguns anos.
O Coritiba desta eleição é o mesmo de sempre, ou pelo menos das últimas quatro eleições.
Fazemos como na política tradicional, preferindo acreditar em soluções imediatas que nos reconduzam já no ano seguinte aos tempos de glória.
É preciso entender que o processo será longo, na há milagre. Vai ser doloroso, amargo e não há Messias.
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Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)