Arquibancada
A cada dia fica mais pesado o ambiente criado em torno do Coritiba. Esta caça aos culpados anda como briga no escuro. Ela acontece em lugar errado, com as pessoas erradas e acaba sobrando para todos.
Sem ter muito o que fazer, agora a torcida começa a se confrontar nas redes sociais. Além das soluções que cada um aponta, com caminhos, cálculos, previsões e prognósticos para o restante do Brasileirão, muitos decidiram chegar ao absurdo de se responsabilizarem pelo momento de crise que vive o Coritiba.
Mas de quem se espera uma decisão que sacuda a casa, que mova as peças do tabuleiro, nada acontece, nada é feito. A apatia ou pelo menos a falta de satisfação que merece o torcedor, torna o momento ainda mais irritante e contribui para esquentar ainda mais os ânimos.
Nada acontece, nem para pelo menos criar um "fato novo", numa demonstração de que providências estão sendo tomadas. Acalmar o caldeirão fervente, é o mínimo que a torcida espera, mas que não acontece. Os ânimos precisam ser serenados dentro e fora do clube. Internamente, no departamento de futebol e entre a torcida.
Do contrário assistimos o Coritiba mais uma vez caminhando rumo à Série B, desta vez de forma mais firme que das outras, porque agora a diferença é que não se vê indignação nos homens que comandam o clube... nada acontece. Tudo está como antes...nada muda.
Enquanto isso, os humores vão se azedando do lado de cá com acusações e provocações entre os próprios torcedores, como em casa onde os pais são ausentes e as crianças comandam sozinhas a queda do barraco. A falta de indignação com o momento é o que mais assusta neste momento.
Reunião à portas fechadas, demissões, dispensas ... busca de soluções, mesmo que improváveis, eram as noticias que teríamos quando a mesma situação era vivida em outros tempos.
A administração do clube parece viver seus últimos meses, antes de entregar as chaves para quem se propor a tentar comandar o Coritiba nos próximos 3 anos. Sem que se leve em conta se isso vai acontecer na série A ou B. O clube parece ser comandado por adversários e não torcedores, como até aqui se apresentaram.
Parece ainda restar um momento, o último deles, como tentativa de reversão do que se desenha à nossa frente.
O pior pode até não ser evitado, mas é preciso ver luta a partir de agora, para que o pior não aconteça. E esta iniciativa deve partir dos homens que comandam o clube, para que pelo menos fique o respeito.
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