Arquibancada
A última alegria que o Coritiba me deu foi na vitória contra o Palmeiras, a mim e minha filha. A última grande alegria, foi o título estadual. Antes disso, é mais fácil lembrar das tristezas que se avolumam há cinco anos.
Que torcida resiste a isso? Quantos novos torcedores podem ter sido conquistados neste período? Que caminho estamos tomando com esta sucessão de histórias mal contadas, desencontros, mentiras, ilusões, conversas que subestimam a inteligência do torcedor?
Estamos nos tornando uma torcida melancólica, chata, mal resolvida, com muito mais problemas do que alegrias. Já sabemos que não é assim que se faz futebol.
Na partida de ontem, a partir do segundo do gol do Galo, fiquei observando a torcida, os quase 13 mil corajosos que ainda movidos pelo amor que carregam no coração, ainda acreditam e fazem de uma partida de futebol, onde estiver o Coritiba, o seu melhor programa de domingo. Vi que estamos trocando os ares de indignação pelo semblante de tristeza. Foi a expressão que vi na maioria dos corajosos que estiveram no Couto em mais esta tarde triste de domingo, onde mais uma vez só vimos um time de futebol jogando bola.
A alegria que o futebol ainda carrega pelo mundo, no Coritiba dá lugar a um sentimento ruim que nada tem a ver com festa. Somos os mesmos de sempre. Os mesmos 12, 13, 14 mil torcedores que conseguem acreditar que “agora a coisa vai”. Mas não vai. Assim, não há torcida que resista.
Não me resta nada além disso pra dizer. Há cinco anos, que nos juntamos , nestes 12, 13 ou 14 mil torcedores e dizemos a mesma coisa, sem que sejamos entendidos. Se somos ouvidos, não se importam com nossas opiniões. Fazem do jeito deles, que sabidamente não funciona e seguramente nos leva a caminhos escuros, cada vez mais sombrio.
Apesar de tudo, se for possível, uma boa semana para todos!
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Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)