Arquibancada
Assim não há torcedor que resista. Até os do apoio incondicional imagino que já devem admitir largar os “betes”. Sim, porque a opção agora é amar o clube ou seus dirigentes? Assim não há plano de novos sócios que resista, não há sócios velhos que financiem tamanha incompetência.
Ainda consigo ouvir ou ler dos mais otimistas que é falta de sorte, que falta um treinador mais rodado. Não, é falta de competência mesmo. Poucos times conseguem fazer o que o Coritiba anda fazendo. Ontem por exemplo, estar à frente do placar e oferecer uma virada tão fácil como o Coxa ofereceu, é raro no futebol.
Nem alguns poucos minutos de alegria conseguem dar à sua torcida. A falta de organização, de competência é entre outros tantos problemas, a razão de mais esta derrota, agora para o pequeno América, adversário direto pela ZR.
Diante de quadro tão desastroso, não há torcedor que resista. Não é mais possível admitir que ainda possa existir algo ainda pior do que anda fazendo o Coritiba com sua torcida. Quando a gente acha que já viu tudo, ainda são capazes de mostrar que existe mais terra para ser cavada e nos mostram um buraco ainda maior.
A cada jogo, o mesmo discurso de “precisamos trabalhar, estamos errando e vamos corrigir”. Na rodada seguinte o que se vê são os mesmos erros somados a outros tantos ainda piores. Em campo as mesmas e novas trapalhadas. Nos bastidores um cabide empregos, de mão de obra desqualificada. A cada semana novos atletas encostados, sem utilidade alguma em seus clubes, desembarcam no Alto da Glória.
Não, assim, não há amor que resista, não tem dinheiro que financie tanto sofrimento. Se somam aos já desistentes, outros tantos torcedores e sócios, e assim o Coritiba vai se afundando cada vez mais. Quando a gente acha que já viu o suficiente, descobre na rodada seguinte que ainda são capazes de superar a própria incompetência e nos apresentam algo ainda pior.
Há dois anos escrevendo aqui, tinha o hábito, até recentemente, de preparar as colunas logo após aos jogos. Achei que deveria esperar os ânimos serenarem para tentar achar algo menos ácido, quem sabe não estivesse vendo o que os do apoio “incondicional ainda enxergam. Não deu. É pior. Faz a gente pensar mais e descobre problemas ainda maiores, onde não enxergava.
Depois de uma noite de sono, escrevo sobre América x Coritiba e não vejo outra coisa a não ser mais uma derrota absurda, de um time ruim, fraco, sem talento algum, onde agora parece prevalecer desunião. O que parecia ser o único ponto positivo do elenco, agora parece não existir mais: a união, a luta, a entrega de cada um, em nome de um trabalho. Parece um grupo fechado, mas agora para camuflar erros. Se revezam nas falhas. Na partida anterior foi quem? Juninho! Agora é a vez de outro dar a cara pra bater! Sua vez, Wilson, depois Rafael Marques, Reginaldo, Carlinhos, João Paulo... e assim segue a sucessão de trapalhadas.
Porque se não é isso, então tem “corpo mole”. Escondem algo muito mais sério do que pode supor nosso entendimento. Ou quem sabe são mesmo este time fracassado que insistem em chamar de time de futebol profissional.
Não há mais nada a esperar de vocês, dirigentes e atletas. Parece ter como única solução o fechamento para balanço, se possível fosse. Sim, fecha a casa, sai das competições, manda todo mundo embora, derruba a casa e recomeça tudo de novo, desde a primeira fila de tijolo. Passa um ano, dois se for o caso, se reestruturando, porque assim não é mais possível. Assim teríamos esperança de que quando retornar, teremos de volta o Coritiba velho de guerra.
A torcida mais apaixonada, a alma guerreira, parece ter conseguido vir até aqui. De agora em diante não se trata de uma vitória ou até de uma partida mais convincente contra o Inter. O filme já tá queimado. Precisa de outro filme, uma nova película. Me refiro a uma sequência boa de vitórias, mas com doação, empenho, da mesma forma que nos deram por todo este tempo, tanto sofrimento. Mas deixa isso pra lá. Já sei que vocês não são capazes de nos dar tamanha alegria.
Então, meus caros, se é que vão ficar, não vão largar o osso, para a semana que começa, qual a novidade? Que fato novo vão criar? Qual a bomba que nos preparam? Qual a contratação fantástica que teremos? Qual o discurso novo de virada que teremos?
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