Faça seuCadastro
Faça seu
18 
Arquibancada
É preciso reconhecer que a sorte está definitivamente do nosso lado. Nem mesmo as velhas incertezas que nos trouxeram esta partida contra a Ponte, como a falta de inspiração de alguns jogadores que vinham fazendo a diferença, nem a desvantagem no placar foram capazes de nos tirar um ponto que abre agora uma distância de 4 da ZR. Antes era de 3 pontos. A sorte que também nos deu resultados de concorrentes diretos que nos colocaram nesta condição.
Parece que nossas orações estão sendo ouvidas, mas os deuses do futebol nos cobram como castigo, o nosso sofrimento até o final. Quem sabe para ver se desta vez aprendemos a lição e não voltamos mais a orar, pedindo piedade e clemência como fazemos há longos 6 anos, sempre nesta mesma lamentação de queda.
Somos pecadores da incompetência, da preguiça, da falta de talento, da extrema falta de organização administrativa, principal causa deste estado de coisas que assola o Coritiba e nós torcedores pagamos um preço alto por isso. Sempre fazendo a ponte entre clube e os deuses.
Esta conexão entre seres mortais e os deuses, será sem dúvida uma prática que teremos até o fim deste campeonato, até a última rodada.
Faltando quatro jogos, já sabemos que Alan Santos e Jonas são mortais e não vão resolver sempre, que Leo não é jogador confiável, que Carleto não pode salvar sempre. Que Cleber Reis e Werley nem sempre estarão no lugar certo na hora certa. Que gladiador nem sempre resolverá. Que a nossa jogada mortal, também é dos adversários, como fez a Ponte, usando o nosso próprio veneno contra nós.
Só podemos saber agora, só agora, que Daniel é o meia que tanto precisamos, pelo menos neste momento. Tá certo que foram circunstâncias, mas depois de quase um ano sem jogar futebol, vimos finalmente um jogador com qualidade técnica, jogando pra frente, encarando o adversário, tentando sempre algo mais ousado. Tá certo que errou em alguns momentos, mas leve em conta a falta de vivência dentro do gramado, numa partida valendo os 3 pontos.
Mais maluco de tudo isso é saber que o ano termina e Daniel será quase nada aproveitado e será devolvido ao seu clube de origem. Curado dos dois joelhos, pronto para jogar futebol. Difícil de aceitar, mas Daniel foi mais uma das contratações absurdas feitas pela nossa incompetente diretoria que, mais trouxe reforços ao departamento médico durante 2017 do que ao time que ralou no Regional, na Copa do Brasil e no Brasileirão.
Vamos lá! Sem lamentações, agora encarar mais uma decisão, contra o Flamengo, na quinta-feira, às 21 horas. Mais um jogo para colocar perto de 30 mil pessoas no Couto e a diretoria anunciar que tem 19, 20 mil.
É pra frente que se anda, Coritiba!
0
18
A opinião dos colunistas não refletem, necessariamente, a opinião do site.
Cada colunista tem sua liberdade de expressão garantida e assinou um termo de uso desse espaço.
23 Ver todos os comentáriosSou jornalista há mais de 30 anos. A profissão e a condição de torcedor, me fizeram aprender a policiar posições quando escrevo para tv ou rádio. Isso me desenvolveu muito o lado crítico. Costumo dizer que futebol é uma coisa e esporte é outra, bem diferente. Basicamente porque o futebol se transformou num produto da mídia e envolve muito dinheiro. O esporte amador, não. Sem dinheiro ele apenas sobrevive. É o caminho que o vôlei começou a tomar, por exemplo, mas ainda passa longe de ser o sucesso que é o futebol. Gosto de escrever sobre os dois: esporte e futebol. Jornalismo é minha profissão, o Coritiba minha paixão. Será um prazer estar aqui com vocês falando sobre tudo isso.
O Coritiba está na minha alma, muito mais até que no coração. Aprendi a gostar de futebol assim, de alma e também de coração. Sou do tempo do Belfort Duarte, hoje Couto Pereira. Isso foi no início dos anos 60. De lá nunca mais saí. Na década de 70, o Coritiba me conquista definitivamente, quando montou times inesquecíveis, várias vezes campeão. Período que passei a frequentar programas de rádio para tentar ficar o mais próximo que podia do futebol. Foi a época de Dirceu Graeser, no famoso"Viva o Futebol", na Rádio Clube, depois Rádio Cruzeiro. Foi o meu começo nos meios de comunicação. Vivo do jornalismo há mais de 30 anos, dedicados ao Rádio e principalmente televisão. Hoje sou muito mais da arquibancada. Sou mais torcedor e menos jornalista, principalmente quando o assunto é Coritiba.
1996 - 2024 © com o Coritiba desde a Internet discada.
Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)
