Arquibancada
“Já é quase meio dia de segunda –feira, e no Coritiba tudo continua como se nada de anormal tivesse acontecendo. Será que eles pensam que está tudo bem”?
A pergunta foi feita pelo comentarista aqui do site, ANTONIO D. quase no final da manhã desta segunda-feira. Conforme prevíamos, nada mudou, nada aconteceu e assim provavelmente será por mais uma semana.
Fechamos o final da tarde de segunda-feira, fechamos o primeiro dia útil da semana, dois dias, 48 horas depois de mais um desastre, e nada aconteceu. Se deixarmos a irritação tomar conta, deixar a inércia prevalecer, ficaremos malucos e chegará o momento que não será mais possível tolerar sequer ouvir o nome de nossos dirigentes.
No Inter, Argel se despediu depois da derrota para o Santa Cruz, em Recife. Se fosse no Coritiba, o treinador seria mantido no cargo porque em jogo fora, o time pode perder. Aliás, pode perder até dentro de casa que nada acontece. Quem dirá com um empate, resultado pra lá de normal diante da força que enfrentamos, neste sábado. Mudaram mesmo os valores dentro do clube que me ensinou que só vitórias e títulos interessavam.
O funil está apertando e os alertas já são disparados desde as finais do Paranaense. Estão carregando o Coritiba para o buraco e nada acontece. Quando acordarem, pode ser tarde, e não restar muita coisa a ser feita. Estou sendo fatalista, dramático, pessimista? Acho que não. Devo mesmo é estar sendo chato, recuperando mais uma vez esta conversa de torcedor inconformado.
Mas é que desta vez, parece que o problema é maior: desde as primeiras rodadas rondamos a zona de rebaixamento. Pior, por falta de atitude, tudo indica que assim ficaremos mais algum tempo. Dão a impressão que esperam uma fada, que com sua varinha de condão, como num passe de mágica, como que por encanto modifique tudo e lá na frente tudo ficará bem.
Com um pouco de boa vontade, é possível admitir que os resultados dos concorrentes andam até nos ajudando, mas pode chegar o momento que o vento vire. E aí, meus caros, a encrenca pode ser irreversível.
Nunca uma conta foi tão cara, nunca um orçamento mal planejado ficou tão caro quanto a ideia de zerar as dividas do clube ao preço de afastar a torcida oferecendo um futebol medíocre, sem comando técnico, sem esperança alguma, de que um dia possamos rever vitórias e títulos.
Não vejo sequer uma atitude carinhosa, de respeito, de entendimento da parte da diretoria, com as reclamações e manifestações de descontentamento da torcida, com este estado de coisas que tomou conta do Coritiba.
A atual diretoria parece ter assumido a postura de inimigo do torcedor. Não se manifesta, não dá uma satisfação, não há um agrado, não acenam com uma única esperança de dias melhores. Não dão o mínimo de atenção ao sofrimento do torcedor.
A torcida Coxa vem sendo tratada como uma figura que mais atrapalha do que ajuda.
Ou de fato ainda não entenderam a gravidade da situação? Não sabem que o Coritiba não é isto que andam nos impondo há anos, e que se agravou nesta administração?
Acorda torcida! O clube é nosso, não deles! Algo precisa ser feito, dentro da ordem e do respeito.
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