Arquibancada
Valeu para quem gosta de futebol, valeu para quem gosta do Coritiba, valeu pelo desempenho de Manga. Não valeu pelo desempenho da defesa e não valeu pelo resultado, mas foi a melhor partida do Coritiba neste início de temporada, contra o melhor time até aqui.
Com ressalvas, é a forma como deve se portar nos jogos fora de casa no Brasileiro. Potker foi fiel ao que pediu o treinador, mas não podemos abrir mão de Kaio Cesar, que infernizou a zaga adversária no segundo tempo. Com ele desde o início, quem sabe o resultado teria sido outro, como teria sido outro se Bruno Viana não tivesse mais uma vez entregue o gol ao adversário, como também não é possível admitir a trapalhada de toda a marcação no primeiro gol do Sport.
Acredito em reversão do resultado em Recife, mas com nova concepção de jogo, principalmente mais alinhado na zaga e com Kaio retornando ao time. Quem sabe com W. Farias com o papel de cão de guarda, ou até Liziero, desde que o time retorne com o tradicional volante de proteção. A nossa zaga precisa disso, mesmo que Bruno Viana dê lugar a Chancellor, passando ainda mais segurança à defesa.
Não há muito que inventar, as questões acima me parecem regra para entrar em campo com o mínimo de chance contra adversários superiores, caso do Flamengo no domingo, na estreia do Brasileirão, no Maracanã. Já contra o Fortaleza em casa, na segunda rodada, um outro esquema deve ser planejado. Assim, caímos no nosso primeiro problema: não temos elenco que favoreça esta variação tática. Então, ao trabalho, ao mercado para justificar os milhões do superavit no orçamento, anunciado semana passada. Investimento em iluminação, nova logomarca são necessários e muito bem-vindos, mas não há nada mais irritante aos olhos do torcedor ver o clube maquiado e errar no nosso principal produto que é o futebol.
Ou nos conformamos com nossos desejos nada pretensiosos, de um Brasileiro sem sustos, ou ousamos uma classificação melhor, para uma sul-americana. E com muita sorte e investimento surpreender e quem sabe alcançar uma Libertadores.
Se ainda temos muitos problemas, pelo menos eles são maiores que as soluções, já é possível olhar para trás e respirar aliviado. Se antes passamos sufoco para vencer Rio Branco, Aruko, Azures, Foz, agora levantamos a cabeça e olhamos para frente, quem sabe entrando nas oitavas da Copa do Brasil. Ontem isso me pareceu possível.
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