Arquibancada
A torcida anda tão carente de vitórias ou de algo bom para comemorar que aproveita este momento de trégua e mais uma vez passa a acreditar em novos tempos. Pelo menos com alguns torcedores vejo que o comportamento é este.
Também embarco nesta onda, porque ninguém é de ferro. Pelo menos nos dão dois ou três dias para respirar e acreditar em algo melhor do que andavam nos oferecendo.
Na verdade temos três bons motivos para comemorar: a vitória num clássico, que sempre é um clássico, o retorno de Berola e a estreia de Galdezani. Tudo isso ainda com o selo de qualidade com a marca de Kleber, que volta a marcar e com um belo gol de cabeça. Então, temos quatro bons motivos para deixar de lado um pouco as amarguras?
A luz amarela que piscava, quase entrando no vermelho, dá lugar ao verde, sinalizando passagem livre. Nos cabe agora a torcida, que pela enésima vez pode acreditar, quem sabe, com um pouco de sorte, que a coisa finalmente vai engrenar.
A torcida Coxa é tão estranha e tão moldada em situações inusitadas como esta, que tudo isso pode se acabar num resultado ruim ou pouco convincente na quarta-feira, pela Copa do Brasil, na Bahia, contra o Vitória da Conquista. Como também, tudo pode virar um mar de rosas se vencer e trouxer para casa a classificação para a segunda fase da Copa. Aí sim, para muitos, a coisa engrena e este time passa a ser o melhor de todos os tempos. Aos mais reservados, vai restar muitas ponderações. É nesta última categoria que me incluo.
Sem muito mais o que dizer, parece que voltamos ao início do texto e de muitas outras histórias vividas nestes últimos 5 anos. Ou seja: uma vitória num momento importante, com duas boas gratas surpresas (Berola e Galdezani), mas se colocarmos os dois pés no chão, apenas comemoramos a saída de um dos pés da lama. Apenas e tão somente.
Apenas o indicativo que o trabalho para ter o que queremos e precisamos, está apenas começando.
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