Arquibancada
A notícia: depois de seis jogos, o Coritiba enfim voltou a vencer. A segunda vitória por 1x0, na série B, desta vez contra o Brasil de Pelotas, na vigésima quarta rodada. O gol Coxa foi marcado por Guilherme Parede, artilheiro do time na competição com sete gols, aos 19 minutos do primeiro tempo.
A realidade: o Coritiba volta a jogar na próxima terça-feira, às 19h15, contra o Boa Esporte, no Couto Pereira. Com isso, o retorno à Curitiba, é feito com calma, novamente tendo uma semana para trabalhar e ver como será possível trabalhar para a próxima rodada. O que é possível fazer, para que consiga aproveitar o fato de voltar a jogar em casa, contra um fraco adversário e somar mais três pontos.
Ainda com a rodada em andamento, o Coxa deixa a décima primeira posição para ocupar o fechamento da primeira parte da classificação, em décimo lugar. O que convenhamos é muito pouco para quem ainda sonha com G4.
Conjecturas: para pegar apenas a penúltima rodada, contra o Oeste, se tivesse vencido, estaria na boca do G4 ou beirando a quinta ou pelo menos a sexta posição, com 36 pontos. Mas o acúmulo de pontos perdidos dentro de casa e os minguados conquistados fora, nos dão apenas a décima posição na classificação.
Tudo isso, como já sabemos, tendo adversários igualmente fracos, que não conseguem nada muito melhor do que tem feito o Coritiba, fazendo esta série B a mais fraca dos últimos anos, sem medo de errar. Única razão para ainda alimentar a esperança que mesmo aos trancos e barrancos, este time consiga o que não merce, que é o acesso à serie A de 2019.
Em Pelotas jogamos como precisamos jogar sempre, nas partidas fora de casa. Como fazem nossos adversários quando nos visitam. Se fechar nestas duas linhas de 4 defendendo o gol, como fez Tcheco nesta noite em Pelotas, armando o time no 4-4-2, e contar com os lampejos de Parede, na velocidade pelos lados do campo. Como pequenos que somos e com quase nenhum recurso para esperar algo além disso.
Parece que ainda não foi entendido que o nome Coritiba, a camisa e a tradição ficaram na história. Para voltar a ser respeitado, temos um longo caminho pela frente. A primeira lição quem sabe seja entender que não somos melhores do que ninguém nesta séria B de 2018. Esta conversa de tradição fica para a torcida. Lá dentro é preciso entender as limitações e com humildade fazer o feijão com arroz e quando não tiver um ou outro, se dar por satisfeito em almoçar apenas banana.
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