Arquibancada
Não foi uma e nem duas vezes, foram várias que afirmei que seria assim até o fim. O Coritiba veio na liderança por rodadas seguidas e por várias razões muito mais por força dos demais resultados do que pelo futebol jogado em muitas rodadas, muitas vezes inexplicavelmente desperdiçando pontos preciosos dentro de casa, mas insisto: por merecimento, ainda que não tenha sido convincente. Resta uma pequena fatia de gordura, suficiente para terminar o ano entre os quatro clubes da série B que serão confirmados para a elite do futebol brasileiro de 2022.
Do conforto da liderança por várias semanas, algumas vezes com uma distância bem razoável do segundo colocado, a um segundo lugar, ameaçado muito mais por conta do futebol que jogou nas últimas duas rodadas do que por competência dos adversários. Parece que não guardaram folego para a reta final.
Se é a série B marcada pelo baixo nível tecnico entre os 10 primeiros colocados, é inadmissível entender este sobe e desce do Coritiba, com queda de rendimento muito acentuada, a ponto de vermos o que estamos vendo. De um Coritiba que briga pelas primeiras posições a um time que parece estar brigando para fugir do rebaixamento. Do time arrasador algumas vezes a um time apático, provocando sentimentos obscuros na alma do torcedor.
Mas também ainda não está na hora de vestir (novamente) o personagem do vira-latas, mesmo que a sensação do sofrimento que nos acompanha há anos e o momento seja mesmo de torcer o nariz e se preparar para o pior. Aconselho respirar, olhar pra frente e acreditar. Infelizmente é assim que estamos. Fomos educados assim, nestes últimos 10 ou 15 anos. A desconfiança já esta incorporada à nossa personalidade, mas lembrem-se. Estamos brigando pelas primeiras 4 posições, não para fugir do rebaixamento. Sim, eu sei, é pouco, bem pouco para o que merecemos e até sonhamos nestes últimos meses, mas é o que temos para o momento.
Como já disse, o sofrimento vai até o fim. E lá na frente sobrarão os dois mesmos lados de sempre: os que reclamam de tudo e não aceitam esta situação e os que terão dada a missão como cumprida. Sem o título de campeão, mas classificado. E olha, mesmo que termine como campeão, terão os insatisfeitos, porque não aceitam mais sofrer com estas seguidas dificuldades diante de clubes de menos expressão. De qualquer forma, é o Coritiba que temos, o Coxa que nos dão para torcer.
A esta altura, me enquadro entre os que se darão por satisfeitos com a classificação entre os quatro primeiros. Por isso, todo o apoio possível a partir de agora, principalmente nos jogos em casa é o que interessa. Será assim que retomaremos ao nosso lugar na primeira divisão. Mais uma vez será a torcida que fará a diferença. Terminado isso, no final do ano ou começo de 2022, vamos ao passo seguinte. Uma coisa de cada vez.
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