Arquibancada
Quando isso tudo for só lembrança, o sobrevivente vai poder dizer “eu vi, eu estava lá! Será perguntado sobre como era ficar tanto tempo sem uma vitória? Como era possível esta incoerência, de ter o time mais caro, com o maior investimento na história do clube, mas com tanto resultado ruim?
De boa fé, acredito que nem os autores desta façanha terão capacidade de explicar, porque quando esta história for contada, junto com ela também aparecerão outras pequenas histórias que justificam a história principal, mas igualmente ruins e com tantos fatos negativos, é possível não conseguir explicar e perder o fio da meada.
Com apenas uma história boa, que também será um marco entre a família Coxa que, ao mesmo tempo se modernizou administrativamente, dando num passo gigantesco, recuperando a identidade do clube, sua essência de vencedor, com a SAF, embora isso ainda seja apenas uma previsão.
Jogadores que do céu foram ao inferno. De ídolo como Alef Manga,que de um dia para outro, surge com o nome citado na máfia das apostas. Também sem que se consiga explicar a compra de jogadores caros, mas de qualidade duvidosa, sem nenhuma comprovação de qualidade em seu currículo marcaram este Coritiba da temporada 2023.
A cereja do bolo foi a teimosia em manter o treinador que inexplicavelmente se manteve no cargo, sem que tenha conseguido dar um padrão de jogo ao time, entrando na história do Coritiba como o pior de todos, sendo o pedido de sua saída uma unanimidade entre a torcida.
Jogadores de segunda linha, comprovadamente recusados em clubes que disputam categorias inferiores, responderam por erros individuais imperdoáveis sucessivamente, provocando resultados inconcebiveis. Sim, resultados no plural, porque não foi um ou dois ou três... foram vários. Atletas que parecem ter se profissionalizado sem que tenham passado pela base, cabulando a aula do fundamento do futebol.
Uma sucessão de trapalhadas imperdoáveis que foram sedimentando o buraco que o futebol Coxa foi aos poucos cavando, até que em certo momento parecia não haver mais retorno.
Este buraco parece ser o atual momento, nesta terça-feira, 23 de maio, segundo dia útil de uma semana que termina com um adversário que a grosso modo, avaliado superficialmente, poderia nos render um pontinho, já que é confronto na casa deles e até algumas horas atrás vivia situação semelhante à nossa, neste brasileiro. Mas não, o adversário acaba de se recuperar e pior, com o treinador que rejeitamos há semanas. Aquele mesmo do texto acima, a unanimidade entre torcedores.
Neste momento, eu gostaria de estar entre o grupo da primeira citação do texto. Que daqui a alguns anos será sobrevivente deste período de trevas. Quando isso tudo será só lembrança de um período, o pior que vivi nestes meus quase 60 anos como torcedor Coxa-Branca.
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