Arquibancada
Parece definitivo. Ano que vem não há como escapar. O Coritiba precisa ter finalmente um time que orgulhe sua torcida. Nunca foi tão unânime a opinião de que a esta altura, temos apenas uma escolha. Ou foge da queda no brasileiro ou se dedica à sul-americana. Não temos roupa para as duas competições. Ainda que se leve em conta o fato de ter jogado desfalcado, nesta primeira partida contra o Belgrano. O sentimento de ter tomado um “baile”, dentro de casa é uma dor difícil de aceitar. Não podemos nos acostumar com isso.
O resultado, que ficou barato, trouxe o velho sentimento de vergonha, que aos poucos parecia estar sumindo, depois do vexame na decisão do Paranaense. Lotar o Couto para mais um desastre, era tudo que a nação Coxa não queria. Nem o argumento de não ter os principais atletas diminui a frustração. Nem o pedido de desculpas de Carpegiani afaga o já cansado coração do torcedor alviverde.
Fiquei observando as manifestações sobre o desastre, hoje chamado de Belgrano, e me junto ao mimimi de todos. Mais uma frustração não cabe em nosso já lotado currículo de derrotas e insucessos, quando alguns já apostavam em recuperação. Quem sabe uma classificação com uma vitória na mesma altura, nos devolva um pouco da autoestima.
Sabemos não ser o que nos espera, nesmo com o time completo. Me junto ao grupo que pede concentração absoluta no Brasileiro, até que alguém nos apresente outra alternativa, que não seja esta.
Fica mais uma vez, para o ano seguinte, a sonhada virada de mesa. A possibilidade de ter um time de nível, que com um elenco de qualidade possa fechar uma temporada brigando por mais de uma competição de nível.
O ano eleitoral no Coxa é o caminho. Assunto que neste momento ainda deve ser tratado como secundário. Se há anos não conseguimos fazer o mínimo que um time precisa fazer, pra agradar sua torcida, então que continuemos nos contentando com o máximo que podem nos oferecer: a manutenção do clube na primeira divisão do brasileiro (se é que podem garantir isso).
Quando pudermos andar e falar ao mesmo tempo, quem sabe a gente sonhe com algo maior.
A condição é muito pequena e difícil de ser aceita diante do que já foi um dia o Coritiba.
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