Arquibancada
Está lá no site oficial. Aliás, com uma foto bem montada que sugere a torcida além das arquibancadas - ela também no gramado - liderados por Kruger, um chamamento ao torcedor para ajudar o clube a também participar sendo sócio, numa tentativa de quem tenta transformar o sócio numa das principais receitas do clube, como nos bons tempos de Vilsão, quando o Coritiba esteve por duas vezes disputando as finais da Copa do Brasil, época de um time melhor do que temos hoje.
Como atração, além dos jogos, ainda te dão algumas promoções, uma delas bastante conhecida: o Sócio/Jogador, sempre chamando atenção no centro do gramado, sob o comando do Vovô-Coxa, no intervalo de todos os jogos no Couto.
Na falta de um time melhor, pão e circo para o povo. Com brincadeiras para relaxar no intervalo, porque a coisa anda tensa.
Mas me diga, que torcedor não pagaria com gosto e não se associaria ao clube vendo empenho da diretoria na montagem do time? Quem não daria até mais do que o dinheiro da mensalidade de sócio, para ver um Coritiba competitivo, brigando pela ponta das tabelas, quem sabe disputando uma vaga para libertadores?
A coisa anda tão feia que nem de longe dá pra pensar em título, mas mesmo assim a gente ousa e sonha com mais uma participação em Libertadores.
A promoção sócio/jogador, mais parece ironia. Melhor seria se sócio também pudesse resolver alguns dos problemas criados nos gabinetes e que andam refletindo no campo. Pelo menos é esta a vontade de muitos. E olha, não sei se alguns não resolveriam mesmo. Com um pouco de treino e condicionamento físico, acho que não estou dizendo bobagem. Tem muita gente melhor na arquibancada que no gramado, que veste o manto sagrado e posa de atleta.
Esta vontade de estar lá, de mostrar como as coisas precisam ser feitas, certamente não é só minha. Com tanta demonstração de falta de empenho, de qualidade, e especialmente de amor ao clube, não sei se em alguns casos, não seria mais interessante fazer uma promoção entre os sócios, tentando achar algum torcedor talentoso, capaz de resolver nossos problemas em campo.
Cada vez me convenço mais que a cada dia nos distanciamos do que queremos e sonhamos.
BASTIDORES
Não posso tratar do futebol jogado pelo time do Coritiba hoje, sem lembrar que ele é reflexo dos seus gestores. Um Coritiba com muitas caras e ao mesmo tempo com cara de ninguém, com cara de nada. Começou com “5 caras”, se reduziu, (como sempre nas sua história). Assim como o time, também sem cara, sem padrão de jogo, sem técnica, sem tática. A genética explica isso. Tal pai tal filho.
Este Coritiba que nos representa há alguns anos, agora é a nossa cara na Copa do Brasil, no Campeonato Brasileiro e que nos representou na fracassada campanha do Paranaense já há dois anos, é também a cara das picuinhas de seus bastidores. A cara dos seus senhores vaidosos, preocupados em conjecturar, em se dar bem, em se beneficiar do clube.
O mesmo Coritiba de muitos anos, quando se formou este grupo que o comanda hoje e dele não larga porque se alimenta da vaidade, como sanguessuga, e não mais do amor que um dia levou esta mesma turma ao comando do clube. Me refiro a todos que comandam, aos que têm a caneta na mão.
Por isso, em nome deste amor que um dia foi verdadeiro, rogo aos senhores, que com a mão na consciência, em nome desta nação, repensem seus atos, seus caminhos, suas vaidades, seus interesses pessoais e revivam o sentimento maior, que é o amor ao nosso glorioso Coritiba.
Se isso não é possível, então deixem o caminho livre para novas ideias, novas propostas, para um novo Coritiba retomar sua história de glória.
Saiam de fininho, a gente faz de conta que não vê, não fala nada e deixa que sigam seus caminhos, mas que seja longe daqui. Que não atrapalhe mais. Somos maioria e queremos um Coritiba diferente deste que vocês não conseguiram ou não puderam nos dar.
A fila precisa andar, senhores do conselho, senhores da diretoria!
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Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)