Arquibancada
Daqui pra frente nos dividimos entre eleição e futebol. A vida política e o time no Brasileirão.
Pra não perder o hábito, obedecendo o padrão Coxa, os dois temas acabam em polêmica. Igualmente irritantes, e muito parelhos se a gente considerar o nível de ambos.
Quanto ao futebol não é preciso perder muito tempo discutindo. Até porque não há discussão, há uma unanimidade. Um consenso nunca antes visto entre a torcida Coxa.
Na política, uma outra unanimidade: a contagem regressiva para a saída de Samir Namur e seus colegas. Mas, mais uma vez, o clube se divide em três chapas e isso novamente coloca em risco o futuro do clube.
Com pouco mais de cem votos, Samir se garante. Mais que isso vai precisar de um trabalho muito grande de bastidores, que acredito não alcance. Ele e seu conselho eleito estão sozinhos. A tendência é que a briga fique entre as chapas de Vialle e Follador. Mas isso também pode ser um tiro no pé, dependendo do envolvimento e participação dos sócios no processo eleitoral, a divisão pode favorecer Samir.
A princípio, a tentativa de reeleição de Samir não passa de mais um rompante de arrogância do atual presidente. Julgo muito pretensiosa a sua tentativa de reeleição.
De alguma forma acho possível o que para nós é apenas vaidade. Mas é bom ficar de olho e cuidar bem disso para não sersurpeendido com o único resultado que ninguém quer.
A lógica diz que a disputa fica mesmo entre Vialle e Follador, por enquanto com boa vantagem para Follador.
Vialle aparece nas redes sociais lançando seu G 5, com uma novidade: uma mulher compondo o grupo. Uma jogada política para se oferecer como opção diferente. Apenas isso.
Não conheço Mariana Líbano, aliás, ex-colunista aqui do site, que aparece como umas das forças de Vialle na chapa. Espeto e Jango são velhos conhecidos. Espeto com grande rodagem pela política do clube, tendo deixado marca como articulador e “ apagador de incêndio”. Conheço bem a dedicação de Jango e Espeto, mas desconheço o quinto integrante, Luciano Plugge.
Os primeiros movimentos garantem apenas um clube dividido, como há anos, e quem assumir terá oposição forte e muito trabalho pela frente. Trabalho não é novidade e não me preocupa. O difícil vai ser administrar um clube ainda dividido, sem que o presidente eleito tenha apoio e força, seja lá quem for o escolhido.
O pior cenário será o clube de volta nas mãos de Samir, o que será guerra declarada com combates intermináveis, tanto com o conselho como com a torcida.
Vialle vende a imagem da experiência, Follador o homem que colocará as finanças do clube em dia.
Como na política tradicional a campanha das promessas começou.
Não se iludam: o Coritiba vai precisar de uns bons anos pra sair da lama e se aproximar do que um dia já foi.
Qualquer promessa de time vencedor, de reviver tempos de glória, é promessa vazia, tamanho o estrago que as administrações recentes causaram.
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