Arquibancada
Tenho um tio que até bem pouco tempo me ligava ao final de todos os jogos vitoriosos do Coritiba. “Como é bom ser Coxa" - dizia ele. Isso era frequente... Faz tempo que não me liga, como faz tempo que nem falamos mais sobre futebol.
Pudera, hoje contei: antes de completar um minuto de partida, o Coritiba já tinha recuado duas bolas. Quando não tocou para traz, foi com toque lateral, sem evolução, como sinal mais uma vez que o time não tinha mudado, como certamente não mudará com o que temos na casa.
Não será com Alisson Farias, nem Pablo Thomás, nem com ninguém, enquanto tivermos esta zaga, com este meio. Tanto que a única vez que chegou com perigo ao gol do Juventude, foi numa bela jogada individual de Alisson Farias, fazendo fila na zaga gaúcha, mas ao olhar pro lado tinha só Simião para o arremate. Tocou, claro que o chute saiu em cima do goleiro, mantendo o primeiro tempo como todos os outros num zero a zero sofrível, de dar dó de quem se propõe a perder seu tempo mais uma vez com este time que nos dão para torcer.
Na segunda etapa, nada mudou, se não com Guilherme Parede, que com saudades da bola, matou a vontade de jogar rapidinho, porque depois do um a zero, nem ele e nem o time nada fizeram.
Mesmo sem méritos, por isso ainda desconfiado, quando parecia que o Coxa finalmente colocaria fim ao jejum de empates e derrotas fora de casa, o complexo de inferioridade baixa e a luta segue pelo menos por mais algumas rodadas certamente.
Como nada mudou e em campo lá estavam os mesmos de sempre, formando o velho e irritante Coritiba, com as mesmas opções de um elenco pra lá de limitado, arrumaram um jeito de fazer uma falta na entrada da área para dar de bandeja o gol de empate ao Juventude.
Dez dias, um mês, nem um ano serão suficientes para ensinar o impossível a um grupo que além do fim de carreira de muitos, levam junto o nome do nosso glorioso Coritiba também pra lama.
Não será Eduardo Batista a solução. Vejo por aqui gente pedindo a troca de treinador.
Não há invenção que dê jeito nisso. A solução está no despertador que já tocou na orelha deste omisso G5 e nada fez. Um novo time precisa ser montado. E isto agora me parece fora de questão, tamanha a convicção de Samir e seu grupo de apostar no que todos sabem que não vai corresponder.
Não sei os senhores, mas até o nosso último mito parece cair por terra. Wilson anda me passando a impressão de ter perdido o tesão ou de já ter gasto todo o seu repertório de paciência, porque não há mesmo uma luz que indique um caminho melhor.
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