Arquibancada
Mais do que recuperar o Coritiba, Renato Follador precisa devolver a autoestima do torcedor. Fazendo uma coisa, fará outra.
Follador precisa nos reanimar, nos devolver o prazer de gostar de futebol, nos devolver o orgulho de falar sobre o Coritiba, do tesão de ir ao Couto.
De ter um time para torcer e saber a escalação na ponta da língua. De dar motivos ao pai e se orgulhar em levar o filho ao estádio para ver o Coxa. De devolver nossas tardes de domingo, o nosso bom programa em família no Couto.
Estamos tão mal, que nos contentamos com pouco. Tão desesperançados que as primeiras notícias, já em suas primeiras declarações, nos animam um pouco.
Melhor seria se tivesse a varinha de condão para num passe de mágica nos tirar deste pesadelo que parecia não ter fim.
Lembro de você como jogador. Confesso que vagamente, mas porque naquele tempo todos eram craques, alguns acima da média. Não era o seu caso. Mas agora você precisa ser um craque da administração no futebol, quem sabe acima da média, assim como foi profissionalmente até aqui. É o que a gente espera de você. Vai ser preciso ser acima da média, se é que estamos falando daquele Coritiba que nos enchia de orgulho.
O problema é que estamos tão por baixo que por enquanto a gente se dá por satisfeito com pouco.
De início, não dando vexame já estará bom, mas desde que nos sinalize com dias melhores e se possível no mais curto espaço de tempo.
Não só porque os últimos anos foram de amargura e de vergonhas, mas porque somos mesmo mal acostumados. Temos a péssima mania de grandeza, porque fomos forjados assim. Como criança mimada.
Em suas mãos, Follador, está o nosso futuro, que torcemos seja de glórias novamente.
Está em você a nossa última esperança de ter de volta um time de futebol para torcer.
Que Deus te abençoe e te guie!
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Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)