Arquibancada
Apenas hoje consegui ler e ouvir a entrevista coletiva dada ontem pelo departamento de futebol do Coritiba.
Confesso que além da decepção que causou em todos, eu também não consegui ir muito longe em mais um amontoado de desculpas, num blá blá blá irritante e sem sentido.
Mas não dá pra negar que Samir começa a dar sinais que aprende a fazer a política de subterrâneo, colocando agora seus comandados para dar satisfação à imprensa e ao torcedor.
Afinal, são seus empregados, ganham para também responder pelo que fazem. Mas não deve esquecer que são suas próprias escolhas e que nunca tiveram aceitação da torcida. Aliás, Augusto e Pereira, também muito responsáveis pelo atual estado de coisas.
Confesso que esperava mais de Samir. Achei que seria corajoso suficiente para mais uma vez (a segunda em 8 meses), de enfrentar a imprensa e chamar para si a responsabilidade. Não deu as caras, alegando compromissos políticos em Brasília.
A atitude de colocar Augusto e Pereira, e através deles anunciar os afastamentos de Simião e Alecsandro, apenas me confirma o que já temia: teremos mais um ano na dolorida Série B.
Achei que neste momento, a luz da sabedoria indicasse um caminho inteligente aos nossos dirigentes e que virassem a mesa propondo reformulações gerais, para tentar recuperar o ano e principalmente a credibilidade perdidos há tempos.
O segundo turno que começa agora, na próxima sexta-feira, terá os mesmos ares e nada muda, apenas algumas poucas peças dentro do CT. Nada além.
E convenhamos, seria um bom momento para marcar mais um recomeço no departamento de futebol, como foi com a saída de Sandro Forner, no início do Brasileiro, ainda nesta mesma competição. No mínimo mostrariam insatisfação com os resultados. A falta de atitude irrita ainda mais.
A mudança emergencial não aconteceu. Assim iremos, com exceção de mais um ou outro reforço, até o fim deste 2018.
A virada de mesa necessária não aconteceu e nem acontecerá porque Samir sentou em cima de suas convicções e agora, expondo aos poucos seus comandados para também serem cobrados.
Com isso, alivia um pouco a pressão que estava apenas sobre seus ombros. O ambiente que já não era bom, a partir de agora tem tudo para ficar ainda pior.
Vida que segue. Cada vez mais parece ficar nas mãos da torcida, as atitudes mais contundentes, com cobranças que ainda não vieram, principalmente das organizadas.
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