Arquibancada
O futebol olhado com olhos de torcedor, parece fácil. E é, mas não para o Coritiba.
O que parece ao natural para a média, pro Coritiba nem tanto. Uma troca de passes que geralmente faz a bola chegar ao ataque e coloca o atacante em condições de fazer o gol, não é um processo tão simples assim, pelo menos no Coritiba.
Além dos erros neste meio de caminho, dando de presente a bola ao adversário, acaba jogando contra o próprio patrimônio e não deixa o time sair do campo de defesa. Quase sempre tomando sufoco, seja em casa ou fora.
Basicamente é disso que sofre o Coritiba. O que podemos também chamar de falta de qualidade, talento e competência. O básico do futebol, fundamento aprendido na base.
Como disse Samir Namur em entrevista à TV COXAnautas, um dos seus erros foi “manter Rodrigo Pastana por tanto tempo no comando do departamento de futebol”.
Na minha opinião, pagamos até hoje o preço por este grande erro. Do plantel que temos, mais da metade, talvez muito mais, veio por indicação de Pastana. Também não concordo que Pastana é um bom profissional, como afirmou Samir.
Pastana recheou o Coritiba de contratações desnecessárias e inúteis, além de nunca ter entendido o Coritiba como ele é e a torcida espera.
O Coritiba é maior que isso. Maior que a vergonha que estamos passando. Maior que um time que mal sabe chegar ao gol adversário, quando consegue.
Sofremos por erros de gente que sequer deveria ter passado pelo clube.
Somos mal acostumados. Temos uma enorme dificuldade em lidar com o insucesso. Embora o convívio com a incompetência complete muitos anos, ainda sofremos com ela e pelo jeito precisamos nos acostumar.
Não disse aqui, na coluna anterior, que Follador, Samir e Vialle se equivalem, como alguns sugeriram. Disse sim que não voltaremos tão cedo a ser o Coritiba velho de guerra, seja com Follador, Vialle ou Samir.
Talvez seja necessário alertar o torcedor que nenhum destes nomes tem a solução mágica para num passe de mágica transformar o Coritiba.
Mais uma vez, estamos diante de nova eleição e mais vez está nela a nossa torcida, já que futebol não temos mesmo há muito tempo.
E assim completamos quatro ou cinco gestões, cada vez menor, cada vez mais com cara de clube pequeno. Na torcida e expectativa de dias melhores.
Agora, já entrando no mês que precisa ser um marco na vida do clube.
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