Arquibancada
Na matéria publicada pelo Coxanautas, que trata da partida de retomada do Campeonato Regional, anunciando para domingo, 16 h o jogo entre Coritiba x Toledo, o comentário de Tajuro Y. chama atenção. Diz ele que ouviu de Felipe Dalke na Banda B, que Morínigo fez trabalhos específicos durante esta semana, voltados para os fundamentos, como passe, domínio, finalização, cabeceio etc.
Coisa que se aprende na base para ser otimista, porque no campinho onde eu jogava bola e para o Coritiba que torci em ouytros tempos, atleta que não tivesse o domínio de todos os fundamentos, não era aceito.
Aquela turma nascia sabendo jogar bola e esta é talvez a grande diferença daquele para estes tempos de futebol. Naquela época não se aprendia fundamento porque o próprio nome já diz: é fundamento ou fundamental saber o básico, porque com esta idade, jogador de futebol profissional parar treinamento tático ou físico para aprender fundamento... a dominar uma bola, repetir passes de três metros, ensinar goleiro a sair numa bola alta, é o fim do mundo. Uma tolerância que já não tenho mais com este futebol.
No máximo dá para tolerar o aperfeiçoamento da técnica de cada um, mas fundamento é fundamental que esteja no sangue. Ou sabe ou não é jogador. Por isso, alguns atletas considerados medianos, se sobressaem, porque dominam o básico.
É mais ou menos como você chegar à universidade, levando tudo na flauta, e depois de formado descobrir que como engenheiro você é ruim de cálculo. Ou como médico não pode ver sangue.
De uns anos para cá o papel da base passou a ser este, mas como a base Coxa esteve às traças nos últimos anos, o resultado é que temos tido até aqui: jogadores formados pela metade. Lateral que se sabe atacar, mas não sabe defender, ou goleiro com boa estatura, mas não sabe sair do gol.
Nos anos 60 e 70, base era para aperfeiçoamento da técnica que nascia com o atleta, não para ensinar fundamento, coisa comum nos dias de hoje.
Me vejo cada vez mais distante deste futebol que andam me oferecendo.
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