Arquibancada
Não sei se isso acontece com vocês, mas quando eu começo um livro ou um filme que depois de alguns minutos ou páginas percebo que não é bem o que eu queria, mesmo assim vou até o fim, mas torcendo logo pelo desfecho da história.
Assim estamos com o Coritiba. Torcendo pela última página ou pela última cena. O problema tem sido a expectativa, criada quando a gente acha que o fim está próximo, mas sempre um fato novo transforma o livro numa segunda edição, desdobrado em capítulos ou uma série com várias temporadas com seus incontáveis capítulos. Tipo novela da Globo quando emplaca no Ibope, com seus vários meses de duração.
No Coritiba, atores ruins, roteiro mal escrito, com um cenário de mal gosto e um diretor perdido, que nunca dirigiu nem carroça. E olha que dirigir carroça não é assim tão simples como parece. Mas nem isso conseguem.
Nossa esperança mora no final do ano, quando temos a segurança que a temporada acaba, mas sem a segurança de saber quantos episódios nos esperam para 2021. O Coritiba se transformou num longa que reúne o que há de pior no seu conjunto da obra.
Está sendo difícil esta morte lenta sob a batuta do desafinado maestro Namur- pra mudar um pouco e colocar também a música neste pacote.
Injustiça faço eu de colocar belas artes, como a literatura, cinema e música, nesta analogia com este Coritiba que nos dão para torcer.
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Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)