Arquibancada
Bom saber que o Couto voltou a ficar cheio. 43 mil pessoas num espaço do futebol, a casa do Coritiba, clube que horas depois, com seu time ocuparia um outro estádio, bem menor, com capacidade para perto de 4 mil pessoas e mesmo assim conseguiu reunir cerca de 2.500 torcedores.
As 43 mil pessoas do Couto, formaram uma legião de fãs de Paul McCartney, ídolo do rock dos anos 60, que 50 anos depois ainda é capaz desta mágica, promovendo uma enorme festa em torno do seu nome, coisa que o Coritiba não consegue ocupando o mesmo espaço.
Com o show de Paul, o Coritiba ganhou uns trocados e a volta de boas energias de um ídolo e de seus fãs em um espaço que há anos não via tanta festa assim, promovida por uma multidão, inflamada por um show de primeira linha. A alegria esteve finalmente de volta ao Couto Pereira.
Então, que as boas energias de Sir Paul McCartney e seus fãs, vibrem por uma eternidade no Couto Pereira, e que nos ajude a sair deste marasmo que judia de uma torcida já sem paciência.
Que a alegria do rock e de uma geração que parece não ter fim, nos devolva a alegria perdida em algum lugar, como torcedores de um clube de futebol. Me refiro a mesma torcida que no dia seguinte ocupava outro espaço, bem menor, num estádio chamado Pinhão. E mais uma vez, com muita dificuldade de oferecer ao seu torcedor alguma esperança do mínimo da qualidade que já teve um dia, e que na verdade nem era tanto assim. Não pedimos um futebol com a qualidade do show de Paul McCartney, mas um pouco mais próximo do que tivemos já estará de bom tamanho.
No clássico decisivo contra o Paraná Clube, não fossem as atuações do atacente Rodrigão e do goleiro Alex Muralha, a história deste texto poderia repetir os velhos e já bem conhecidos lamentos.
Com muita boa vontade, pela primeira vez consigo ver também algum sinal de futebol em Alano.
Como sempre, tudo tem sido sofrido quando nos propomos a falar sobre o Coritiba.
Ainda caminha longe, muito longe da qualidade que na noite anterior foi vista no Couto, que nada tinha a ver com futebol, a não ser o lugar onde aconteceu. Um espaço usado para jogos de futebol e que se supõe, de alegria. Mas que o Coritiba não consegue mais oferecer. Alegria que virou sentimento raro quando o Couto serve para o que de fato foi concebido.
Pois então, que continuem a pairar sobre o Couto Pereira, as boas vibrações e a boa energia deixados ali por Paul McCartney e seus fãs.
Que no próximo fim de semana, o Coxa consiga pelo menos vibrar na mesma faixa que Paul e seu público vibraram neste 30 de março.
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