Arquibancada
Como explicar um time de qualidade técnica bastante limitada, em terceiro lugar num campeonato brasileiro da segunda divisão? A resposta está na pergunta: a própria Série B. Esta segundona de 2018, especialmente, é uma das mais fracas tecnicamente dos últimos anos, sem medo de errar. Como também anda cada vez mais fraco tecnicamente o futebol brasileiro. Sem contar que este ano, nem Vasco, nem Inter, nenhum dos grandes nos fazem companhia. Não há um time grande brigando para subir.
Leio por aqui alguns comentários afirmando que se o Coritiba estivesse disputando a Série A com este mesmo time, estaria certamente em último lugar.
Eu também não tenho dúvidas, mas creia que não seria este o time que nos dariam para torcer se estivesse na Série A. Imagino que teriam tido mais cuidado na montagem do elenco. Não que tivessem acertado nas contratações, como ainda não acertaram até aqui, mas teriam obrigatoriamente buscado mais qualidade e consequentemente gastado mais dinheiro.
Lembro que ano passado, quando caiu e logo em seguida Samir assumiu o clube com o discurso de corte nas despesas, cheguei a pensar que a sorte estava mudando de lado e as coisas começavam a mudar para o Coritiba.
A um preço alto, mas achei que estavam mudando. Só não contei com a teimosia a incompetência e com a falta de critério do Departamento de Futebol nas contratações, na montagem de um time tão ruim para disputar a segunda divisão. Achei que as coincidências duras, amargas, estariam vindo em boa hora. Quem sabe uma Série B para arrumar a casa e no ano seguinte voltar para nunca mais cair, com o clube mais estruturado.
Sim, não foi o que aconteceu e parece que não vai acontecer. Não precisa ser profundo conhecedor de futebol para entender isso. Aliás, os problemas passam muito mais por questões administrativas, com consequência no futebol. Como digo sempre, temos um time com a cara da nossa diretoria. Há anos vivemos assim.
Pela lógica, vamos a Florianópolis e perdemos a posição para o Avai, mas fica sempre a esperança. A esperança de torcedor que não abandona e acha que em algum momento a coisa vai. O problema é que estamos muito perto de também perder a tal esperança com o futebol que este time está jogando.
Se em anos anteriores brigávamos para fugir, e uma posição melhor que a décima sétima, já resolvia o nosso problema, este ano, mesmo em outro nível, este sobe e desce será a oscilação entre os sete primeiros da segundona.
Um campeonato diferente, onde não importa ser campeão, mas estar entre os 4 primeiros. Se conseguir fazer isto com este time, já estará de bom tamanho.
Por tanto presidente, sua missão não é difícil. Mas falta muito para nos dar a segurança de que com este time estaremos entre os quatro no final do ano.
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