Arquibancada
REAÇÃO foi a palavra que mais apareceu no noticiário esportivo da última quarta-feira, ao tratar o empate Coxa em Criciúma, depois de estar perdendo pelo placar de 2x0. Na sexta, contra o Oeste, nem a chuva e nem nada foi e será capaz de manter a reação que anunciaram.
Falaram como se esta reação pudesse indicar um novo rumo à vida do clube. Tentaram dar um ar de superação de gladiadores, como na da antiga Roma, quando os soldados brigavam pela sobrevivência.
No contexto, a palavra Reação pode servir para mais uma vez tentar elevar a moral da tropa, mas sabemos que acima do poder de reação, está algo bem maior: a incompetência de um grupo que de gladiadores não tem nada, tão pouco de atletas de futebol profissional, coisa que o Coritiba mais precisa neste momento. E isso já sabemos, não há. Tempos de tempestade devem seguir até o final da temporada.
No segundo momento os “gladiadores” de Samir, desta vez contra o Oeste, foram os mesmos de sempre: time depressivo, sem competência, com medo, envergonhando e sujando ainda mais o nome do Coritiba para todo o Brasil ver pela Tv.
Nas confusas e atrapalhadas palavras de Tcheco, em coletivas após o jogo, em Criciúma e contra o Oeste, está clara a falta de rumo que não tem o Coritiba. Claramente não sabem mais para onde correr. Dirigentes devem explicações, mas se escondem atrás de editoriais e de seus empregados pagos falar em nome de todos.
Não é necessário esperar mais duas partidas para concluir que Tcheco também não dará conta do recado, como nenhum um outro treinador conseguira arrumar este time que erra no fundamento do futebol, o passe.
O tempo de escolinha de futebol já passou pra esta turma. O Coritiba virou escolinha de dirigentes que, ao final e 3 anos, imaginam sair formados em administração de futebol, fazendo do Coritiba um aprendizado, quando deveriam primeiro ter aprendido sobre gestão, antes de começar o trabalho no clube.
A reação do Coritiba precisa acontecer nos gabinetes. O Coritiba precisa de coragem para mudar tudo e dar um recomeço a este fracasso que completa 9 meses e até agora nada funcionou, embora Samir insista em dizer que entre os erros, também teve acertos. Os problemas do Coritiba não estão apenas em suas finanças, sem controle desde outras gestões, todos sabemos. Mas Samir os prioriza obcecadamente. Mas agora parece ser tarde acordar para isto.
Falta coragem porque sabem que a chance de erro em qualquer mudança é cada vez maior, porque não sabem e não são seguros nas suas ações. Já não sabem mais que caminho tomar porque não conhecem os atalhos e tão pouco se despem da humilde para pedir socorro a quem sabe. O nome do Coritiba já não ostenta a grandeza e o respeito de antes e já não é mais a porta de entrada dos grandes profissionais. A mesma porta que se abriu em outras gestões administrativas, que agora se fecha com Samir.
Do salto cada vez mais alto, Samir e sua equipe, vão cair um tombo histórico, manchando ainda mais, a já manchada história do Coritiba.
Do menino que gosta de futebol e que marcou sua paixão pelo clube, a partir de um atletiba, com o discurso que sabe de futebol tanto quanto qualquer outro veterano da bola, terminará seu mandato não podendo nem mais ouvir falar de Coritiba. Do sonho do menino que virou pesadelo, ao adulto irresponsável e teimoso.
Será o fim de uma ideia, de um grupo pequeno de torcedores, que conseguiu terminar de matar o que restava do Coritiba Foot Ball Club.
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