Arquibancada
Não podia ser pior. Fim de uma invencibilidade, de uma sequência de vitórias contra o maior rival, no único momento que não podia perder para eles, pelo menos não assim, de 3 e da forma até fácil como foi.
Foi o fim praticamente de um sonho, de mais um titulo que tem tudo para ser perdido mais uma vez dentro de casa, quase nas mesmas circunstâncias do ano passado.
Prevaleceu o melhor futebol jogado pelo Atlético, a melhor organização dentro de campo, a luta que faltou ao Coritiba em toda a partida... acima de tudo organização e cabeça no lugar.
Quando a gente ouve alguém falar que um time jogou com o regulamento debaixo do braço, e no caso do Coritiba tendo apenas a vantagem de jogar a última em casa, não pode significar que o melhor seja jogar retrancado na partida fora de casa, sem dar um chute sequer ao gol adversário, tendo comportamento claro que entrou em campo disposto a arrancar um empate, mas mal arrumado para isso. Só sei que não é assim que se decide um campeonato, praticamente entregando de mão beijada a pequena vantagem que tinha.
Durante toda a partida, vi um Coritiba contaminado pelo “já ganhou” das redes sociais. Pareciam onze torcedores, mal arrumados dentro de campo, física e tecnicamente. De quem se esperava cabeça no lugar, quando o time parecia perdido, foi justamente de quem vi menos empenho e acertos.
Três lances fatais: falha de zagueiro, jogada ensaiada e uma falta na cara do gol, decidiram o jogo, além claro, do melhor futebol jogado pelo Atlético durante toda a partida.
Raça será a palavra de ordem até domingo. Raça que precisa ser achada durante a semana. Nos treinos , em preleções, em consultas com psicólogo etc. Além dela, quem sabe com um pouco de sorte e a volta de Juan e Ceará, que além de líderes, também se sobressaem com seus talentos, que ultimamente andam fazendo a diferença, determinem um destino melhor ao Coritiba.
“Eu acredito”, o mantra que guiou o Atlético Mineiro há pouco tempo na Libertadores, quem sabe seja o que nos resta. Mas pra isso, este grupo vai ter que jogar a partida de suas vidas, neste domingo.
É o que todos esperam , inclusive eles, nossos adversários. É até um exagero o respeito que dedicam nas entrevistas depois da partida. Coisa que parece ter nos faltado até aqui.
Mais do que nunca será um jogo que começa nesta segunda-feira, com mudança de postura, precisando de um novo caminho técnico. Porque se jogar como vem jogando, não será suficiente . Por isso raça é a palavra de ordem.
Quem sabe com mais um atacante, Leandro ou Ortega ao lado de Kleber. Não sei, só sei que Gilson Kleina precisa surpreender , precisa fazer muito além do feijão com arroz. Porque se fizer o de sempre, não vai levar, não será suficiente para reverter esta grande vantagem que o adversário leva para a decisão.
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