Arquibancada
Mais uma derrota, desta vez pra desanimar o mais otimista dos torcedores. Porque não foi uma derrota como outra qualquer. Esta pode compor a série das derrotas brochantes, banho de água fria, pra ser mais educado.
Nem os 4 gols tomados do Botafogo foram tão contundentes. Sabe aquela famosa narração do Cleber Machado, na Formula- 1, “ Hoje não, hoje não… hoje siiiim!? Poisé, cabe bem pra classificar a frustração que foi sair do Couto com mais uma decepção e raiva, muita raiva que ainda não destilei. Porque ontem não era dia de perder, era dia de confirmar a recuperação, que se anunciou na primeira vitória no campeonato, contra o Goiás. Depois, em casa contra o América, Fluminense …
Pior que a derrota foi ver a apatia, os erros injustificáveis de um péssimo futebol, tão imperdoável como nos piores tempos de Antonio Oliveira e Zago.
Voltamos ao normal ou nunca mudamos? O que vivemos neste período de Thiago Kosloski foram os únicos lapsos do defunto antes da morte? Tudo foi uma mentira?
Sim, estou amargo e puto com este time. O que fizeram ontem foi uma falta de respeito com o torcedor que incansavelmente se presta a esta ladainha interminável de apoio, sem ser correspondido. Não preciso perder meu tempo lembrando do irrestrito apoio que o time vem tendo e que ontem mais uma vez ficou na mão, mais uma vez o futebol que faltou em campo, sobrou mais uma vez na arquibancada.
Não dá mais para admitir o "pastelão", porque se é assim, então abram os portões, não cobrem ingresso. Lotaremos o Couto, faremos a festa e iremos embora. Não precisa nos segurar por 90 minutos para somente nos irritar, e ainda chamar isso de uma partida de futebol. Faremos a festa sem vocês, arrumaremos um outro nome para designar o nosso encontro. De minha parte, dispenso os 90 minutos, se é que é só isso que vocês podem nos oferecer.
Que me desculpem os atletas recém chegados, chamados e colocados na fogueira para nos salvar. Talvez até esteja em vocês a salvação, mas paciência tem limite. Me resta apenas o sentimento de torcedor. O passional, o cara que por aí chamam de apaixonado. Só isso ainda me segura e me deixa ligado nesta história. Quem sabe Kosloski ainda tenha na cartola uma mágica, que junto com o coelho e seus novos comandados,consiga colocar em campo um novo Coritiba.
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