Arquibancada
Confesso que tô cansado deste futebol, especialmente do Coritiba. Depois da partida contra o Londrina, parece que virei a chave. Finalmente vejo o fim do poço.
As mesmas frases, as mesmas desculpas e no caso do Coxa, a mesma teimosia e a mesma burrice, que cada vez mais vão tirando a graça que o futebol já teve em minha vida.
Quanto ao contexto todo do futebol, tenho me envolvido ao mínimo com as partidas que a televisão oferece. Não consigo mais acompanhar nem pré e nem pós jogo de nada, seja o jogo que for.
Entrevistas coletivas andam sendo uma saudação a burrice e a mesmice, e isso já faz muito tempo.
Ler, ouvir análises seja de especialistas, atletas, treinadores é ouvir a repetição de uma mesma conversa de 10, 15 ou 20 anos atrás.
Quem acompanha futebol sabe do que estou falando. Não cabe aqui repetir a velha ladainha das desculpas pelas derrotas ou comemorações pelas vitórias.
Vejo o que posso e quero, dos 90 minutos ou mais, quando tem prorrogação, mas ando abrindo mão do resto.
Quando tudo isso chega no Coritiba, aí a coisa fica mais tenebrosa ainda.
Tenho me obrigado a me informar, a ver e ler para trazer aqui meu ponto de vista sobre nosso clube. Quando possível contribuo com alguma informação e tento fazer deste encontro que temos por aqui, algo prazeiroso. Prazer que os dirigentes Coxa andam tirando da gente.
Samir, o comandante desta Nau à deriva, mais à mercê do vento que sopra, às vezes a favor, às vezes contra. Mas sempre des-governado.
O fato é que como disse Ricardo Honório em sua última coluna, este Coritiba está de brochar, de tirar o tesão de qualquer um.
Sábado contra o Londrina vi o fim do poço e deste jeito, com o caminho que nos oferecem, não sairemos desta mediocridade.
A displicência dos dois atletas que reforçaram o Londrina, Thalison Kelvin e Vítor Carvalho, é a cara do Coritiba de Samir. Irmãos gêmeos na incompetência, na arte de afastar a torcida do clube, de não ter a compreensão do que tentamos dizer o que é o Coritiba, o que representa o Coritiba no contexto do futebol, para esta gente.
Hoje, segunda-feira e nada acontece no Coritiba. Um desastre que deveria sacudir o Alto da Glória, e nada da Nau de Samir sair desta rota de colisão.
Pelo contrário, parecem achar normal perder como perderam para o Londrina, nas circunstâncias que perderam. Com as mesmas bobagens de sempre, nas frases que não enganam mais ninguém, falam até com naturalidade sobre o atual momento. Já incorporaram o espírito perdedor. Agora querem também nos convencer disso.
Tô cheio, disposto a tudo para ajudar a sacudir esta gente, na tentativa de tirar o pó e sair deste irritante marasmo que nos colocam.
Saudades da época dos homens de saco roxo, que ao menor sinal de má vontade, de derrotas inexplicáveis e principalmente de incompetência, no dia seguinte viravam a mesa e faziam renascer um novo comando, muitas vezes demitindo grupos enormes de funcionários do departamento de futebol.
Hoje é segunda-feira, 16 de setembro. No dia 14, sábado, com o time que colocaram em campo e que perdeu por 2x1 para o Londrina, de virada, com o adversário jogando com um atleta a menos, com dois gols entregues - bizarros até - não é possível admitir que tudo fique como está.
Não esperem as duas rodadas seguintes, na esperança de novos dias.
Gritem agora, para não chorar depois. Não esperem por mais um ano, não esperem que com estes dirigentes o Coritiba viva dias melhores.
Iniciem a revolução. Coragem!
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