Arquibancada
O jogo de ontem me trouxe uma emoção que há anos não sentia. Um remelexo dos idos tempos, mesmo que não estejamos falando de conquistas, falo só de emoção.
As emoções passam por diferentes sentimemntos: o das conquistas, dos grandes jogos e dos espetáculos.
Primeiro ponto: Thiago Kosloski me lembrou os velhos treinadores estrategistas, Tim, Ênio Andrade, Sarno, Diede Lameiro etc. Vencemos a partida na semana de preparação, depois no banco , na esgrima, para meter 2x 0 no Fluminense, treinado pelo interino da Seleção Brasileira.Interino por interino, sou mais o nosso.
De resto, Coritiba x Fluminense desta segunda-feira, foi lá no fundo do baú buscar os nossos velhos confrontos nos inesquecíveis duelos com o grande eixo, numa época que eles exibiam 5 ou 6 craques por metro quadrado. Povoaram o Belfort Duarte, depois o Couto Pereira, quase sempre como favoritos.
Jogar com Santos de Pelé, Corinthians de Rivelino, Botafogo de Gerson e Jairzinho, e muitos outros, trazia uma diferença que criava um Coritiba como o que vi ontem. Melhor, que vejo há 4 rodadas. Não pela qualidade, mas sabendo achar um futebol escondido, diferente daquele, só visto na alma de quem faz da bola uma profissão.
Todo o grupo parece ter comprado a ideia do treinador num momento onde nada podia atrapalhar, vivendo ainda um momento delicado, buscando o ponto certo para manter o grupo focado na recuperação que teve bom começo. O inoportuno caso Alef Manga, podia atrapalhar, mas não, foi tirado com uma pinça e colocado de lado. Com um pouco de sorte, extirpado. Porque ainda não podemos nos dar ao luxo de deixar que o “sujo” futebol atrapalhe.
É preciso manter a mente quieta, deixar que prevaleça este novo time que tem dado gosto de ver vestindo a nossa camisa. Lembra os anos 60 e 70. Krueger, Zé Roberto Kosilek, Passarinho, Dreyer, Fito, Hélio Pires, Oromar, Célio, Bequinha, Nilo e tantos outros, faziam valer a superação quando o confronto era com os grandes do eixo Rio -São Paulo. Como lembrou o confronto de ontem, contra o Fluminense. Não que Coritiba e Fluminense tenham resgatado aquele romântico futebol, mas porque o Fluminense naquela época e também agora, ainda carrega o status de grande e o Coritiba não. Como foi, nos anos dourados. Vencemos fazendo prevalecer a raça, o mando de jogo e muita superação. Thiago kosloski treinador/psicólogo, consegue o que ninguém ainda tinha feito. Tirar da alma de cada um o futebol de quem já estava bem desacreditado.
Não só pela vitória, mas porque agora a um passo da saída da ZR, fez nascer um novo Coritiba. Valeu pela vibração e respeito ao torcedor que fez o pano de fundo desta cena inesquecível, numa segunda-feira, que sempre me sugeriu um dia de tradicional ressaca no futebol.
Segunda-feira, 24 de julho de 2023, virou uma tarde de domingo no meu calendário que teima em ainda ver o nosso Coritiba de volta ao grupo da elite do futebol brasileiro, com os inesquecíveis confrontos com os grandes nos melhores anos do futebol que vi naquela época.
Neste novo renascimento Coxa-Branca, ainda chegaremos lá, se Deus quiser seremos mais um dos grandes, ainda este ano.
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