Arquibancada
Estes dias estive com Ricardo Honório e Marcelo Carneiro. A ideia era gravar um programa para a Tv COXAnautas, mas não rolou. A conversa ficou marcada pela pérola do Marcelo, quando se referiu à camisa branca, lançada neste final de ano, que segundo consta já se esgotou na Coxa Store.
Como era unânime o desagrado pelo modelo da camisa, na conversa, Marcelo justificou dizendo que entendia o recado dos dirigentes privilegiando o branco que marca o ano do clube que também terminou em branco, sem título, sem nada para comemorar. Um ano que passou em branco na história do clube. Sem dúvida a camisa é na verdade a cara do que foi o Coritiba em 2018 e que tem tudo para ser repetido em 2019.
Já passou da hora do Coritiba apresentar reforços. Mas até aqui, os caminhos são iguais aos do começo de 2018, quando Samir dizia que a prioridade número um seria subir. Não só não subiu, como foi um desastre.
Classificaria até como surpreendente para quem em campanha eleitoral pregou soluções para todos os problemas. Zerar finanças, enxugar a máquina, além de olhar com mais carinho o trabalho feito na base, mas empobreceu o departamento de futebol profissional. E sobre isso ele não nos avisou. Anunciou usar promessas do ano anterior, quando o time de Sandro Forner chegou à decisão do Brasileiro, quase levando o título de campeão contra o Cruzeiro. E isso de fato aconteceu: dos 50 atletas que jogaram em 2018, mais de 20 vieram da base. É verdade que das promessas, apenas Guilherme Parede vingou e sozinho quase nada pode fazer pelo time principal.
2019 promete ser tão igual a 2018 que corre nos bastidores que justamente Guilherme Parede pode deixar o Coritiba. O atacante se soma a uma enorme lista de dispensas de muita gente que não vai deixar nenhuma saudade, mas o pecado de agora é o silêncio absoluto quanto ao grupo que pretendem formar para a temporada de 2019 e na minha opinião um grande erro se Parede for mesmo negociado. Nada é oficial e ninguém se manifesta em nome do departamento de futebol sobre reforços, contratações ou sobre o caso específico de Parede. Nem sobre as contratações mais emergenciais, nas reposições ou nas posições onde o Coritiba anda carente há muito tempo. Por isso, a nossa cobrança, já que o ano começa na semana que vem e a primeira competição no dia 20 de janeiro, a abertura do regional para o alviverde.
Gostaria de acreditar que nos próximos dias Samir e Pastana anunciem um pacote de novos contratados. Eu disse pacote, não falei em soluções que gostaríamos de ver vestindo a gloriosa verde e branca e nem de um ou dois contratados. Com a demora do anúncio de pelo um ou outro atleta, precisa mesmo vir uma turma e que deveria chegar vestindo a camisa de titular.
Estes dias cheguei a pensar que já deveriam estar bem adiantadas algumas negociações com o Internacional de Porto Alegre, numa barganha que podia estar sendo feita na troca pelo atacante Guilherme Parede, já que entre os clubes interessados no atacante Coxa, o Inter apareceu bastante forte.
Não me agrada ver Parede fora do Coritiba ano que vem, mas acho que não deve ficar por aqui. Pode até começar a temporada, mas não acredito que resista à pressão dos grandes, alguns carentes de atacantes com a qualidade que o artilheiro Coxa certamente terá em condições melhores, se sair para um time com companheiros de melhor qualidade. Sim, para o atleta será um grande negócio sair do Coritiba, para o clube não. A não ser que tragam um companheiro a altura para não deixar o menino mais uma vez como salvador da pátria como foi este ano.
Enfim, este silêncio todo, justamente quando o mercado está se movimentando, é um mal começo. Não só pela falta de informação, dando a impressão de desinteresse, como pelo respeito que o torcedor merece.
Samir começou e terminou muito mal o ano de 2018.
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