Arquibancada
Tenho dito que o Coritiba anda começando novos campeonatos a partir de momentos como o de agora, como foi nesta melancólica derrota para o Grêmio.
Na conta restavam seis jogos em casa. Contra os gaúchos, tínhamos a primeira rodada de uma nova série, de um novo campeonato. Jogamos fora os necessários 3 pontos. Fizemos mais uma vez o caminho inverso. Aliás, temos feito, em todos estes recomeços o caminho inverso.
Na primeira impressão, ao leitor menos avisado, parece que queremos o oposto: na luta pelo rebaixamento, o Coritiba fez um bom resultado perdendo para o Grêmio de 1 a 0, em pleno Couto Pereira, como vem fazendo desde o início do returno. Bons resultados sem dúvida para quem sonha com a segunda divisão, ano quem vem. A cada rodada, são três pontos jogados fora, alguns dentro de casa, que não são somados e afundam cada vez mais o time na classificação e o coloca como provável rebaixado.
Pra conseguir a classificação para a série B de 2018, o time ainda precisa perder na quarta-feira e ainda torcer pelas vitórias de seus adversários diretos, como Bahia, Avaí, Chapecoense, Sport e Vitória. Ainda assim, depende apenas dele mesmo para estar entre os pequenos, ano que vem.
Agora, se preferir ficar entre os grandes, precisa apagar tudo e de novo estabelecer uma nova meta. Agora não mais pensando e um novo ou mini campeonato, mas numa partida onde terá apenas o segundo tempo, ou quem sabe a prorrogação para buscar a vitória. Seria como se tivesse entrando na prorrogação de uma partida de vida ou morte. Os cinco jogos restantes dentro de casa precisam ser encarados com outro espírito, caso contrário não chegará.
Além de, a partir de agora, também ter que beliscar pontos fora de casa, em confrontos dificílimos. Não é exagero dizer que serão difíceis, se em circunstâncias normais já seriam, agora com a corda no pescoço se complicou ainda mais.
A pacata e cordata diretoria, que até agora apenas errou, precisa ajudar Marcelo Oliveira a se decidir pela saída do clube.
O famoso “fato novo” também pode ser outro diferencial neste momento, onde tudo deve ser recomeço, inclusive o comando técnico.
Não fui e nem sou contrário ao trabalho de Marcelo Oliveira, mas neste momento mais atrapalha do que ajuda. Também não acho que Mancini ou qualquer outro milagreiro sejam a solução.
Há até os que pregam a volta de Pachequinho, coisa que também não compactuo. A solução neste momento é terminar com alguém da casa mesmo. Márcio Goiâno quem sabe seja um bom nome. Mas não para se perpetuar no cargo, apenas para apagar o incêndio.
Sim, porque vai que o cara traz um pouco de sorte e acerta. Ano que vem, assim como fizeram com Pachequinho, idolatram seu trabalho e no primeiro tropeço já será mais um crucificado, morto e sepultado.
Assim tem seguido a vida no Alto da Glória.
A opinião dos colunistas não refletem, necessariamente, a opinião do site.
Cada colunista tem sua liberdade de expressão garantida e assinou um termo de uso desse espaço.
Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)