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Arquibancada
O goleiro Rafael Martins ficou tanto tempo sem jogar pelo profissional que esqueceu que futebol é um esporte coletivo. Pelo menos é o que deixa claro em sua frase ao ser anunciado como substituto de Wilson, neste restante do Brasileiro da série B.
Disse Rafael, - bem intencionado e com certeza vibrando com a oportunidade-, que dará a sua vida “para ver o Coritiba de volta à Série A".
Meu caro Rafael, por mais que queira, e Wilson, seu companheiro direto de trabalho lhe dirá melhor, que não basta querer e se esforçar. Você vai depender de mais dez colegas que também disseram isso e não o fizeram. Aliás, na véspera da partida contra o Paysandu, um deles disse que o time "deixaria a alma em campo". Novamente não foi o que vimos. Não basta a sua vontade e nem será você como goleiro que dará a este Coritiba a sonhada vaga na série A do ano que vem. Além da alma e a vida que vocês dizem doar ao clube, falta competência e isso não é mercadoria disponível em prateleira de mercado.
Quisera fosse assim, tão simples. De qualquer forma, sua dedicação e paciência parecem recompensadas neste momento. Depois de 13 anos, finalmente você terá sua oportunidade de defender uma máxima Coxa de revelar grandes goleiros, mas saiba, não basta se declarar torcedor. Isso nós fazemos aqui sempre que possível, das mais variadas formas e também de nada serviu.
Ultimamente ser um grande goleiro não é o bastante, tamanha é a carência deste time, meu caro Rafael. Nome de bom goleiro você tem.
Reis, Célio, Joel Mendes, mais tarde Manga, Mazaropi Rafael Camarota e Jairo, tiveram mais sorte que você. Marcaram em tempos mais difíceis ainda, quando os artilheiros eram mais categorizados e não perdoavam, fosse o goleiro que fosse. Hoje você tem colegas que muitas vezes não ajudam, mas conta com a sorte de não ter grandes artilheiros pela frente. Um mal do futebol brasileiro, em qualquer que seja a série, já há muitos anos.
Mesmo assim, fica aqui meu desejo de boa sorte. Fico na torcida por você. Que honre o nome que carrega e de seu colega Wilson, que anda operando milagres debaixo do nosso gol. Com um pouco de sorte, quem sabe, você consiga terminar o ano, dando mais dignidade a este time.
Wilson merece estas férias antecipadas, seja qual for o motivo de seu afastamento. Ele e Parede já podem colocar a pantufa e cuidar de seus planos para 2019. No caso de Wilson, duvido que emplaque mais um ano no Coritiba. Wilson deve tá de saco cheio.
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28 Ver todos os comentáriosSou jornalista há mais de 30 anos. A profissão e a condição de torcedor, me fizeram aprender a policiar posições quando escrevo para tv ou rádio. Isso me desenvolveu muito o lado crítico. Costumo dizer que futebol é uma coisa e esporte é outra, bem diferente. Basicamente porque o futebol se transformou num produto da mídia e envolve muito dinheiro. O esporte amador, não. Sem dinheiro ele apenas sobrevive. É o caminho que o vôlei começou a tomar, por exemplo, mas ainda passa longe de ser o sucesso que é o futebol. Gosto de escrever sobre os dois: esporte e futebol. Jornalismo é minha profissão, o Coritiba minha paixão. Será um prazer estar aqui com vocês falando sobre tudo isso.
O Coritiba está na minha alma, muito mais até que no coração. Aprendi a gostar de futebol assim, de alma e também de coração. Sou do tempo do Belfort Duarte, hoje Couto Pereira. Isso foi no início dos anos 60. De lá nunca mais saí. Na década de 70, o Coritiba me conquista definitivamente, quando montou times inesquecíveis, várias vezes campeão. Período que passei a frequentar programas de rádio para tentar ficar o mais próximo que podia do futebol. Foi a época de Dirceu Graeser, no famoso"Viva o Futebol", na Rádio Clube, depois Rádio Cruzeiro. Foi o meu começo nos meios de comunicação. Vivo do jornalismo há mais de 30 anos, dedicados ao Rádio e principalmente televisão. Hoje sou muito mais da arquibancada. Sou mais torcedor e menos jornalista, principalmente quando o assunto é Coritiba.
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