Arquibancada
Percebo muito mais o desgaste entre torcedores, frequentadores do COXAnautas e redes sócias, em discussões e debates de opiniões, do que uma novidade pra ser discutida. “Início de temporada” é a justificativa principal para este começo de disputa no Regional. A mesma conversa de sempre.
Senhores, desfalcados estamos há quatro anos, iniciamos uma temporada também já há quatro anos, contratamos mal há quatro anos, substituímos jogadores ruins por médios, ou em algumas posições fizemos o contrário, jogadores médios foram embora e vieram piores. Nada de novo. Nada mudou...
Hoje (30/1/2017), quatro anos depois, discutimos os mesmos problemas, sem absolutamente nenhuma novidade. Apenas trocamos de nomes. Pra não ser injusto e “queimar” atletas que estão estreando e respeitar o trabalho de cada um, porque afinal, cada um dá o que tem e pode, prefiro não dar os nomes.
Continuamos sem um meia de criação, outro problema histórico no time desde a saída de Alex. Apostamos mais em volantes, jogadores de destruição do que em de criação. Temos excesso de atacantes. Mas o principal problema ainda está aí.
Desde Alex e Robinho, o Coritiba não tem um jogador que põe a bola no pé, olha pra frente, buscando um lançamento a um companheiro para encontrar Rafinha, por exemplo. Sim éramos felizes e não sabíamos. Não era uma Brastemp, mas bem melhor, não é?
Assim que Alex foi embora, ainda ficamos com Robinho, que foi crucificado e empurrado para o Palmeiras. Por conta da qualidade de Alex, que também não serviu pra muita gente, torceram o nariz pra Robinho, festejando a saída do último 10 que passou pelo Alto da Glória. Mal ou bem, era o que tinha, mas para o Coritiba não servia, segundo alguns. Nem Alex e nem Robinho.
Por conta disso tudo e to stress que estes problemas andam causando, o respeito anda em falta por aqui. Pela última vez gostaria de lembrar que quando arrisco minhas opiniões por aqui, não estou vendendo uma ideia fechada. Não é preciso concordar, mas respeito é bom e todos gostamos. É preciso lembrar que só damos opiniões. Não somos culpados por este estado de coisas que se enraizou no Coritiba. Imagino que ainda consigamos um pouco de civilidade, colocando equilíbrio nestas conversas que estão ficando cada vez mais difíceis por aqui. Isto serve também para os que gostam de jogar rasteiro, com insinuações, aqueles que batem e escondem a mão.
É preciso pé no chão. Já que dirigentes compram e vendem seus sonhos que andam virando pesadelos. Andamos comprando os sonhos que nos vendem. Querendo acreditar que finalmente sairemos do atoleiro, aceitamos o time que nos dão e voltamos a nos iludir. E assim tem sido a cada temporada. Há quatro anos a mesma coisa. Basta uma magra vitória, lá vamos nós de novo comprar a ilusão de novos tempos para o Coritiba, com o famoso “agora a coisa vai”. E não vai. Compramos sonhos apostando no incerto porque gostamos de futebol, gostamos do Coritiba e já não aguentamos mais.
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Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)