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Arquibancada
Estamos começando a ter mais problemas ou resolvendo o primeiro deles? Sim, porque a saída de Sandro Forner pode dizer muito mais do que apenas a demissão do primeiro treinador da administração Samir Namur. O próprio clube se posiciona de maneira duvidosa, não deixando clara a situação. Sandro sai, e Tcheco assume o time para a segunda rodada, contra o Atlético- GO, mas o próprio texto dá a impressão que pode ser mantido. O texto não é claro sobre Tcheco ser interino ou não.
O texto onde o clube anuncia a demissão de Sandro, diz claramente que Sandro não é mais o treinador, e Tcheco “assume o time na próxima rodada”, mas também não diz se Tcheco permanece ou já estão atrás de um substituto para Sandro.
Nas conjecturas que faço, tenho duas conclusões: Tcheco será mantido em caso de vitória ou até com um futebol mais convincente do que vinha jogando, mas se continuar se arrastando em campo, começam a buscar alguém para o cargo.
Se assim for, entramos na terceira rodada com mais problemas do que tínhamos. Nenhum treinador com qualidade para resolver o problema do Coritiba, está disponível no mercado. Por isso a pergunta acima, quando abro o texto: temos o início da solução dos problemas ou o começo de outros?
É esta improvisação que faz o Coritiba refém de administrações - que por mais bem intencionadas que sejam- se apresentam como solução e fim de um problema que já é crônico.
Vivemos mais uma vez a máxima do ônibus que vai sendo consertado enquanto anda. Por isso, ainda acho que a saída de Sandro Forner tanto pode ser o primeiro dos problemas resolvidos, como também pode ser o início de muitos outros.
O comportamento desta administração nestes primeiros quatro meses nos dá esta ideia. Nada diferente do que vimos até aqui, nestes últimos mandatos que estiveram à frente do clube.
Depois de um tempo observando futebol, não é preciso ser profundo conhecedor para saber que com este elenco, o Coritiba não é água que vai virar vinho. Não será Tcheco, Sandro ou até Guardiola, que vão fazer alguns atletas aprenderem a jogar futebol.
Sugiro ao teimoso Samir que junto com Sandro, no mesmo pacote, inclua Augusto, responsável por todas estas contratações que andam habitando o Alto da Glória. Se é verdade o que disse Samir, sobre a qualidade e o conhecimento que possui Augusto, tendo sido chamado por Vasco e consultado por Real Madrid, que siga este caminho. Aqui não ajuda em nada. Que tome outro rumo junto com Sandro.
Por mais que eu queira, não consigo acreditar que os problemas do Coritiba estão a caminho de uma solução. Pelo contrário. Além de Sandro, outro treinador, seja ele quem for, ou vai ter que ensinar um elenco inteiro a jogar futebol, ou Samir vai ter que fazer mais um pacote de contrações, e desta vez levando em conta a qualidade de quem contrata. E pra isso vai ter que gastar o dinheiro que não tem. Um problema que deveria ter sido levado em conta antes, bem antes de se apresentar como presidente do Coritiba.
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53 Ver todos os comentáriosSou jornalista há mais de 30 anos. A profissão e a condição de torcedor, me fizeram aprender a policiar posições quando escrevo para tv ou rádio. Isso me desenvolveu muito o lado crítico. Costumo dizer que futebol é uma coisa e esporte é outra, bem diferente. Basicamente porque o futebol se transformou num produto da mídia e envolve muito dinheiro. O esporte amador, não. Sem dinheiro ele apenas sobrevive. É o caminho que o vôlei começou a tomar, por exemplo, mas ainda passa longe de ser o sucesso que é o futebol. Gosto de escrever sobre os dois: esporte e futebol. Jornalismo é minha profissão, o Coritiba minha paixão. Será um prazer estar aqui com vocês falando sobre tudo isso.
O Coritiba está na minha alma, muito mais até que no coração. Aprendi a gostar de futebol assim, de alma e também de coração. Sou do tempo do Belfort Duarte, hoje Couto Pereira. Isso foi no início dos anos 60. De lá nunca mais saí. Na década de 70, o Coritiba me conquista definitivamente, quando montou times inesquecíveis, várias vezes campeão. Período que passei a frequentar programas de rádio para tentar ficar o mais próximo que podia do futebol. Foi a época de Dirceu Graeser, no famoso"Viva o Futebol", na Rádio Clube, depois Rádio Cruzeiro. Foi o meu começo nos meios de comunicação. Vivo do jornalismo há mais de 30 anos, dedicados ao Rádio e principalmente televisão. Hoje sou muito mais da arquibancada. Sou mais torcedor e menos jornalista, principalmente quando o assunto é Coritiba.
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