Arquibancada
A defesa mais vazada do brasileiro ganha mais um reforço, com o paraguaio Nery Bareiro, que se não me engano jogou apenas uma partida, e por pouco tempo. Acho que foi ainda no paranaense, contra o PSTC, entrando no segundo tempo. Bareiro reforça ou pelo menos é mais uma tentativa de acerto para fechar um buraco que anda causando muitos problemas ao Coritiba, desde o início do Campeonato Brasileiro. Coritiba e Inter, às 9hs 30 min, nesta noite fria, ganha ares de decisão para o Coxa.
Aliás, nos últimos anos, todas as partidas do Coritiba ganham ares de decisão. É que sempre que pode, o time conquista esta condição logo no início das competições nacionais que participa. Logo nas primeiras rodadas, vai transformando a rodada seguinte em superação, e o problema é que a superação anda vindo só da arquibancada, cada vez com menos gente.
Toda partida acaba virando jogo de vida ou morte, nem podendo se dar ao luxo de queimar a gordura que muitos times conquistam no começo, para depois perder um pouco de fôlego na competição, comportamento até normal, mas no Coxa há tempos é diferente. Ultimamente já larga correndo atrás do prejuízo.
As mexidas na frente, com Vinicius entrando ao lado de Kleber e a entrada de Nery, dão a certeza que Pachequinho faz o que pode com as ferramentas que lhe dão para trabalhar. Muitas vezes, quando precisa de uma chave de fenda, lhe dão um alicate. E convenhamos, fazer de um alicate, uma chave de fenda, é complicado.
Temos pelo menos um treinador que tenta as mágicas possíveis. Ao contrário de Kleina, que parecia mais estragar do que arrumar. Como um martelo que marretou nossas cabeças sem que fosse possível entender muitas de suas teimosias e estragos irreversíveis que provocou no time, que por conta disso até perdeu o título estadual. Teimosia dele e da diretoria em tê-lo mantido no cargo por tanto tempo, livre, sem que sequer fosse cobrado por muitas decisões equivocadas.
Neste momento, depois de muitas rodadas, ainda é bom lembrar destes episódios. Mesmo que pelo menos um deles já faça parte do passado, ainda outros, e grande parte deles, ainda estão aí. Se por um lado Kleina se foi, ainda estão no comando os autores da vinda dele para cá. Kleina foi demitido, mas os dirigentes continuam aí.
Agora, a torcida quer demiti-los na base da pressão, com muitas manifestações de “fora Bacellar”! Foi o que restou, poque além deles está um outro problema: um conselho conivente, inoperante e que já se revelou incapaz de ajudar o Coritiba a sair deste buraco.
Para hoje, independente de resultado, estas manifestações devem acontecer. E sugiro, devem se concentrar apenas nos dirigentes, não em Pachequinho ou no time, independente do resultado. No caso de vitória, os ânimos devem serenar um pouco. No caso de derrota, o caldeirão pode ferver.
Confesso que às vezes torço para que o “circo pegue fogo” de uma vez, para que as coisas se encaminhem definitivamente para algum lugar. Este “faz de conta” que tudo está sob controle, é mais irritante ainda. Para o bem ou para o mal, que se encaminhe de uma vez para algum lugar.
Hoje me poupo de possíveis aborrecimentos, como muitos de vocês. Não vou ao estádio. Acompanho de longe, fazendo uso do que a tecnologia me oferece.
Mas calma lá! Protestos, sim, mas dentro do tolerável, sem violência.
Boa sorte a todos! Vamos precisar.
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