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Arquibancada
Assim que terminou a partida em Chapecó, o site do Coritiba publicava uma nota oficial com pedido de desculpas ao torcedor. Um texto grande que certamente foi preparado antes do término da partida.
Pior que seu conteúdo é a forma até trágica que trataram o rebaixamento. Até aí, nenhuma novidade, nada que surpreenda. Todo o conteúdo da nota, apenas confirma o que já sabemos desde há muito tempo sobre esta diretoria. O texto parece ter sido comprado num camelô, feito por alguma máquina , sem emoção, sem envolvimento afetivo.
Impressiona a forma como trata o fracasso. É de assustar como se posiciona diante da situação. Não admite erros, responsabiliza todos, fala como se saísse de cabeça erguida, anuncia uma coletiva para a imprensa com ar soberbo, como se tivesse muita coisa interessante para falar e nós para ouvir.
Estão saindo... falta pouco, seus dias estão contados. Entregam o clube ainda atolado em dívida e agora na segunda divisão.
Uma nova diretoria vai nos guiar nos próximos 3 anos. Pega o Coritiba em situação ainda mais delicada.
Precisamos engolir os sapos da semana, aguentar as gozações, virar a página e nos preparar para entrar no jogo que promete ser duro em 2018.
Uma vida nada fácil nos espera ano que vem. Se é que você vai estar por aqui. Porque este é um outro problema que esta diretoria entrega aos novos dirigentes: um clube com um número bem grande de sócios debandando. Número que não parou de crescer com os últimos insucessos.
Com os atrativos da segundona, outro tanto deve deixar o quadro associativo já esta semana. É pelo menos a movimentação que observo. Isso já deve ser sentido nas eleições, no próximo sábado, dia 9. Um número pequeno deve aparecer para exercer o direito ao voto. Será uma amostra do desinteresse do sócio com os últimos acontecimentos dentro do Coritiba. Um efeito que começou há três anos, batizado de “Coxa Maior”.
Guardem bem estes nomes que estão deixando o comando do clube e fiquem atentos. Costumam orbitar mesmo sem cargo. Também vai merecer atenção os nomes que se apresentam como solução para os próximos 3 anos. Não podemos mais errar. O preço já está sendo pago e está custando muito caro.
Lucidez com muito bom senso parece ser a senha para as próximas horas. Uma coisa de cada vez. Depois das eleições damos o passo seguinte e começamos a nos arrumar para o recomeço.
Estamos juntos!
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106 Ver todos os comentáriosSou jornalista há mais de 30 anos. A profissão e a condição de torcedor, me fizeram aprender a policiar posições quando escrevo para tv ou rádio. Isso me desenvolveu muito o lado crítico. Costumo dizer que futebol é uma coisa e esporte é outra, bem diferente. Basicamente porque o futebol se transformou num produto da mídia e envolve muito dinheiro. O esporte amador, não. Sem dinheiro ele apenas sobrevive. É o caminho que o vôlei começou a tomar, por exemplo, mas ainda passa longe de ser o sucesso que é o futebol. Gosto de escrever sobre os dois: esporte e futebol. Jornalismo é minha profissão, o Coritiba minha paixão. Será um prazer estar aqui com vocês falando sobre tudo isso.
O Coritiba está na minha alma, muito mais até que no coração. Aprendi a gostar de futebol assim, de alma e também de coração. Sou do tempo do Belfort Duarte, hoje Couto Pereira. Isso foi no início dos anos 60. De lá nunca mais saí. Na década de 70, o Coritiba me conquista definitivamente, quando montou times inesquecíveis, várias vezes campeão. Período que passei a frequentar programas de rádio para tentar ficar o mais próximo que podia do futebol. Foi a época de Dirceu Graeser, no famoso"Viva o Futebol", na Rádio Clube, depois Rádio Cruzeiro. Foi o meu começo nos meios de comunicação. Vivo do jornalismo há mais de 30 anos, dedicados ao Rádio e principalmente televisão. Hoje sou muito mais da arquibancada. Sou mais torcedor e menos jornalista, principalmente quando o assunto é Coritiba.
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Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)
